Liga Conferência: V. Guimarães-Puskás, 3-0 (crónica)

Bruno José Ferreira , Estádio D. Afosno Henriques
21 jul 2022, 22:36

De Puskás só o nome: Vitória entra a vencer com três misseis

No primeiro jogo oficial da época, o Vitória encaminhou a passagem à próxima fase da Liga Conferência Europa ao bater os húngaros do Puskás Akadémia por três bolas a zero. Com um golo logo aos quatro minutos, que tranquilizou a equipa, o Vitória partiu para uma prestação positiva, ainda que com momentos a precisar de afinação.

O conjunto húngaro, terceiro classificado da temporada passada no seu país, de Púskas apenas tem o nome. Fundado em 2005 com o nome maior do futebol húngaro, e uma das lendas do futebol mundial, o Puskás Akadémia revelou ser uma equipa com parcos recursos técnicos, ajudando a disfarçar algumas engrenagens ainda encravadas na equipa lusa.

Três remates fortes, plenos de convicção, deram expressão ao domínio vimaranense perante 15 mil espetadores no D. Afonso Henriques, com Lameiras, Tiago Silva e Anderson a deixarem o Vitória de Guimarães numa posição favorável para encarar o jogo da 2.ª mão, dentro de uma semana, na Hungria.

Entrada com o pé esquerdo (de Lameiras)

Não esquecendo o estigma do primeiro jogo e o facto de ter trocado de treinador há sensivelmente uma semana, dificilmente o V. Guimarães poderia imaginar um arranque melhor. Ainda não estavam completos quatro minutos e já a equipa de Moreno abanava as redes húngaras. Lameiras encheu o pé no lado direito, depois de o próprio ter iniciado a jogada com um cruzamento; o esférico passou pelas cabeças de André Almeida e André Silva, acabando por ser Jota Silva a servir Lameiras para o golo.

Com três reforços no onze – Ogawa, Jota Silva e André Silva – o Vitória tranquilizou-se ainda mais e partiu para uma prestação segura frente a um Puskás que fez por ser organizado, mas não conseguiu esconder as debilidades técnicas. Forte na reação, o conjunto vimaranense dominou claramente as incidências, faltando por vezes arrojo para ser mais acutilante no domínio.

Nesse limbo, entre o domínio e a falta de capacidade para ser mais incisivo, o Vitória apanhou um valente susto a dez minutos do intervalo, quando Lamin chegou ao golo, ainda que em posição irregular. Um remate violento de Tiago Silva, logo de seguida, de fora da área pôs água na fervura e levou o Vitória a vencer por duas bolas a zero para o período de descanso.

Anderson entrou para acordar

À sobra da vantagem, o conjunto de Moreno entrou a dormir na segunda metade. O chá do intervalo não fez bem à equipa de Moreno, que esteve demasiado permissiva e deu crença ao Pukás para acreditar que podia entrar na discussão do resultado.  E a verdade é que com dois lances de perigo os húngaros fizeram o Vitória ter um par de minutos de pesadelo.

Moreno acordou a equipa a partir do banco, através de Anderson. O avançado entrou e marcou; literalmente. Ao primeiro toque na bola, alguns segundos após entrar, o brasileiro fez abanar novamente as redes e arrumou com a questão com o terceiro golo da equipa portuguesa.

Triunfo sem contestação do Vitória de Guimarães, eliminatória a pender para os vimaranenses. Entre algumas indicações positivas da equipa de Moreno e as debilidades percetíveis do Puskás, a real valia deste Vitória terá de esperar por desafios com outros argumentos para ser posta à prova. Para já, cumpriu com sucesso o primeiro jogo da sua história na Liga Conferência Europa.

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