O novo modelo que Proença quer na Liga de Clubes

9 jun 2020, 11:43
Sede da Liga de Clubes

Proposta para nova governação da Liga dá mais poder ao Presidente

Pedro Proença apresentou esta segunda-feira, na Assembleia Geral, o novo modelo de governação da Liga de Clubes, o qual atribui mais poderes ao Presidente (neste caso ele próprio), que é um «órgão executivo unipessoal», acaba com a direção e faz subir a direção executiva na hierarquia, num esforço para tornar a Liga mais profissional.

Basicamente o Conselho de Presidentes fica com o poder de definir a orientação da Liga, definir a linha de exploração comercial e ratificar as deliberações da direção executiva. Quer isto dizer que acompanhará a gestão e terá a última palavra em várias decisões estratégicas da direção executiva.

Ora a direção executiva substituirá a direção, que vai deixar de existir. Significa isto que não haverá representantes de clubes na direção, passando esta a ser mais empresarial: diretores executivos que são profissionais da Liga de Clubes. Cabe-lhes a administração e a gestão da própria Liga.

A direção executiva terá entre dois e quatro diretores - nomeados pelo presidente -, os quais verão ser-lhe atribuídos diferentes pelouros, mais o próprio presidente e um representante da Federação. Um dos diretores executivos assumirá a função de coordenador, ficando encarregue de articular os restantes diretores executivos e chefiar serviços.

À direção executiva, que responderá diretamente ao presidente, caberá administrar, gerir e operacionalizar a Liga, coordenar grupos de trabalho e comissões permanentes, coadjuvar o presidente e assessorar o Conselho de Presidentes, preparando documentos e propostas a entregar.

Fazem ainda parte das responsabilidades da Direção executiva explorar comercialmente as competições, negociar e celebrar contratos, após ratificação do Conselho de Presidentes, exercer as competências relativas à organização e gestão as competições, enviar trimestralmente ao Conselho de Presidentes um relatório da gestão da Liga e elaborar o plano anual de atividades.

O mandato dos diretores executivos é exatamente igual ao mandato do presidente da Liga, mas este último pode exonera-los do cargo livremente e nomear substitutos.

Refira-se que nesta altura este novo modelo de governação é apenas uma proposta, tendo que ser votado e aceite em Assembleia Geral. Se tal acontecer, e como obriga a uma mudança dos estatutos, provocará eleições imediatas.

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