Champions: Barcelona empata em Nápoles com assistência de Semedo

25 fev 2020, 22:11

Messi pisou palco que idolatrou compatriota Maradona. Mertens fez história. Barcelona em vantagem para Camp Nou, mas (muito) desfalcado

Se houve algo de divino na primeira visita de Lionel Messi à casa onde D10s, o compatriota Diego Maradona, se tornou ídolo pela carreira ali feita entre 1984 e 1991, foi o golaço de Mertens à meia hora de jogo.

Divinal. Belo. E histórico: o belga igualou Marek Hamsik como o melhor marcador da história da equipa de San Paolo, mas não chegou para vencer. Tudo porque o português Nélson Semedo, descoberto num grande passe de Busquets, permitiu a Antoine Griezmann levar a eliminatória empatada para Camp Nou.

O primeiro Nápoles-Barcelona de sempre na história das provas da UEFA terminou com 1-1 no marcador e decisões arrastadas para o próximo dia 18 de março, em Espanha, na segunda mão dos oitavos de final.

Entre o póquer ao Eibar e o clássico que aí vem no domingo, em Santiago Bernabéu, com o Real Madrid, Lionel Messi tentou orquestrar a equipa numa das casas de Maradona, para muitos o seu antecessor. Mas encontrou, como antecipou Gattuso, uma equipa a saber «sofrer» e «com personalidade». Assim foi.

Os italianos quase recusaram o ataque organizado na primeira parte. Trocaram-no pela primorosa ação defensiva, na espreita de um erro que aconteceria ao minuto 30, contra o poderoso domínio do Barcelona na posse de bola e na presença no meio-campo ofensivo, que em nada resultou até então.

Júnior Firpo errou ao não cortar a bola, Zielinski foi rápido na reação e variou da direita para o centro. Mertens, à entrada da área, teve tempo. Espaço. E colocou a bola na gaveta. Ter Stegen ficou pregado à relva e a plateia italiana explodiu de emoção, já após o momento incrível - e já habitual - após o hino da Liga dos Campeões.

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O Barcelona teve mais do dobro dos passes completos em 45 minutos – 398 para 165 – 67 por cento de posse de bola, mas foi inconsequente. Do outro lado, houve eficácia, que fez a diferença ao intervalo e até ao minuto 57.

Dois minutos após Arthur ter rendido Rakitic, Busquets deu o melhor contributo pessoal à eliminatória. Já com o cartão amarelo que o afasta da segunda mão, fez um passe para Semedo dar o golo a Griezmann, no único remate da equipa à baliza.

Com o 1-1, o jogo abriu. Tornou-se mais atraente ao adepto, substituindo a extrema tática do primeiro tempo. No fim, aqueceu.

Em raros espaços dados pelo Barcelona, Insigne primeiro e Callejón depois viram Ter Stegen ser o herói final dos catalães, negando o 2-1 aos minutos 61 e 64.

Nesta altura, Mertens, lesionado ao minuto 54 no lance que originou a suspensão de Busquets para Camp Nou, já tinha dado lugar a Milik. Politano e Allan foram depois a jogo no Nápoles, Fati e Lenglet no Barcelona, este último por lesão de Piqué, que causa ainda mais preocupações a Setién.

Além da lesão do central e de Busquets, o técnico, em estreia como treinador na Liga dos Campeões tal como Gattuso, perdeu Vidal, expulso após uma falta dura e desentendimento com Mário Rui, motivos para Felix Brych mostrar dois amarelos ao chileno num só minuto.

O Barcelona, que já não tinha, por exemplo, Suárez ou Dembelé, sai desfalcado. Mas em vantagem no intervalo do duelo.

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