Champions: Real Madrid-Atlético Madrid, 2-1 (crónica)

4 mar, 21:58

Merengues em vantagem, mas golaço de «aranha» deixa tudo em aberto para o Metropolitano

O Real Madrid venceu o vizinho Atlético por 2-1 no primeiro «round» dos oitavos de final da Liga dos Campeões, mas a eliminatória fica totalmente em aberto para o segundo jogo, dentro de uma semana, no Metropolitano. Numa noite menos inspirada de Vinicius Junior e Kylyan Mbappé, brilharam Rodrygo e Brahim Díaz, mas o melhor golo da noite saiu da «teia» de Julián Alvarez.

Confira a FICHA DO JOGO

A equipa da casa saiu na frente e, aos três minutos, já estava em vantagem no marcador. Bola nas costas de Galán, Rodrygo ganha a frente, deriva para o interior da área e bate Oblak, com classe. 

A equipa da casa, ainda sem Bellingham, entrava mais forte, com mais posse de bola, diante de um Atlético que ia procurando sair em transições rápidas, pelos corredores, procurando explorar a velocidade de Gigi Simeone, Samuel Lino, Griezmann e Julián Alvarez. O jogo estava intenso e, logo a seguir ao golo inaugural, o Real Madrid reclamou um penálti por alegada falta de Galán sobre Rodrygo, mas o árbitro mandou seguir. O lateral do Atlético estava muito em jogo, em termos defensivos, mas acabaria por surgir também no outro lado do campo.

A verdade é que, com os minutos a correrem, o Atlético foi ganhando confiança e foi também conquistando metros no terreno e podia ter chegado ao empate aos 26 minutos, com Gigi Simeone a ganhar a linha de fundo a cruzar atrasado para Samuel Lino, mas Valverde, com um grande corte, anulou o perigoso ataque colchonero.

Não foi aos 26, mas foi aos 36, num lance que começa com um passe de Galán, a lançar Julian Álvarez para a linha de fundo. O argentino puxa depois para dentro, deixando Camavinga fora do lance e dispara um surpreendente remate em arco. Courtois ainda voou, mas não conseguiu evitar o grande golo do «aranha».

Um golo histórico, uma vez que o Atlético só tinha marcado uma vez no Bernabéu em jogos da Taça/Liga dos Campeões, e o primeiro já tinha sido em 1959.

Um golo que animou os visitantes que redobraram a confiança e passaram a gerir bem melhor o controlo da bola e o jogo. Até ao intervalo, apenas mais uma oportunidade para os merengues, num remate fraco de Valverde para defesa fácil de Oblak.

A segunda parte começou nos mesmos moldes com que terminou a primeira, com o Atlético por cima, ao ponto de deixar as bancadas do Bernabéu em polvorosa. Os colchoneros tinham mais bola e os adeptos merengues não estavam a gostar, mas, na marcação de um pontapé de canto, Vinicius virou-se para as bancadas e pediu apoio à equipa. Os adeptos reagiram de forma positiva e o Real Madrid recuperou a vantagem logo a seguir.

O terceiro golo do jogo resulta de um lance individual de Brahim Díaz que, sobre a esquerda, com cinco jogadores pela frente, foi trabalhando a bola, até encontrar uma nesga para rematar cruzado e bater Oblak.

Em dois tempos, o Real Madrid recuperava o apoio dos adeptos para o seu lado e recuperava também a iniciativa do jogo. O Atlético ainda voltou a ameaçar, num lance de Griezmann, mas agora era a equipa da casa que voltava a marcar o ritmo de jogo.

Com a danças dos bancos, sobretudo depois da entrada de Modric, os merengues ficaram ainda mais confortáveis no jogo, agora definitivamente com mais posse de bola, obrigando o Atlético Madrid a correr.

Diego Simeone foi reformulando o ataque prescindindo de Samuel Lino e Antoine Griezmann para lançar Correa e o gigante Alexander Sorloth para um jogo mais direto. O jogo seguiu aberto até final, mas numa noite pouco inspirada de Kylian Mbappé e também de Vinicius, também não se podia pedir muito mais ao Real Madrid.

Mesmo a fechar o jogo, já depois dos 90 minutos, Vinicius teve nos pés o terceiro do Real Madrid, num passe atrasado de Mbappé, mas Giménez deu o corpo às balas e segurou a curta diferença no marcador.

Os merengues conseguem, assim, uma ligeira vantagem, mas a eliminatória segue totalmente em aberto, com o segundo episódio marcado para o Metropolitano, para a próxima quarta-feira.

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