Douglas Ross também é deputado e faltou a uma comissão parlamentar para estar no jogo de Alvalade
Um dos árbitros assistentes escoceses que integrou a equipa que apitou o Sporting-Real Madrid no Estádio de Alvalade na passada terça-feira está a ser alvo de severas críticas no seu país e não é pela expulsão de João Pereira. Douglas Ross, além de árbitro, também é deputado, do partido conservador, no parlamento escocês e, ao que tudo indica, faltou a uma comissão parlamentar para poder estar em Lisboa.
Como deputado, o senhor Ross é obrigado a apresentar uma declaração de rendimentos na qual foi possível constatar que a arbitragem lhe rende cerca de 40 mil libras limpas por ano (cerca de 47 mil euros). Os rivais políticos não lhe perdoaram a ausência na comissão parlamentar, recordando que não é a primeira vez que Ross deu primazia ao futebol em detrimento das suas obrigações políticas.
«Na última vez que tinha apitado vieram dizer que tinha sido uma exceção e que não voltaria a acontecer. Mas a verdade é que voltou a fazê-lo e desta vez deve ver o cartão vermelho», referiu Bem Macpherson, do partido SNP, citado pela BBC.
A verdade é que Douglas Ross já tinha sido criticado por ter faltado a uma votação do parlamento para participar num treino promovido pela UEFA, na Suíça, para o Campeonato do Mundo. «Obviamente que ele dá mais valor às 40 mil libras e às despesas pagas para Lisboa e para outras cidades do que às responsabilidades que tem no parlamento, demonstrando uma completa falta de respeito pelas pessoas que o elegeram», acrescenta o mesmo deputado.
