PSG-Inter na final da Liga dos Campeões: que história será escrita?

31 mai, 12:05
Final da Liga dos Campeões 2025 (James Gill - Danehouse/Getty Images)

Franceses e italianos defrontam-se este sábado para a derradeira final da «liga milionária». Confira as principais estatísticas das equipas

Este sábado joga-se a final da Liga dos Campeões (20h00). De um lado, os italianos do Inter. Do outro, os franceses do PSG, que contam com uma forte «armada» portuguesa. 

A formação de Milão, liderada por Simone Inzaghi, pode regressar aos triunfos europeus 15 anos depois. Na época, em 2010, o Inter, então orientado por José Mourinho, bateu o Bayern Munique para conquistar a terceira «orelhuda» do clube. 

No passado recente, os italianos voltaram à final da competição, em 2023, mas saíram derrotados pelos ingleses do Manchester City, por 1-0.

Também com uma final perdida recentemente aparece o PSG, que, em 2020, foi derrotado pelo Bayern, no Estádio da Luz, em Lisboa. Esta será apenas a segunda final da competição para os parisienses. Fora isso, a história do PSG não tem sido associada a um sucesso europeu, narrativa que pode estar prestes a desmoronar-se.

Porém, é importante relembrar que o PSG tem agora um líder que já sabe o que é vencer a Liga dos Campeões: Luis Enrique. Há dez anos, em 2015, o técnico espanhol levantou o troféu pelo Barcelona, à boleia do mítico trio: Messi, Suárez e Neymar. 

Na segunda temporada no PSG, Luis Enrique tem comandado os parisienses a uma época memorável. Além de conduzir a equipa à segunda final da Champions da história, venceu também todas as provas nacionais, com especial destaque para a Liga, garantida ainda com seis jornadas por jogar. 

Já o Inter, a nível nacional, não teve, de todo, a época pretendida. Depois de liderar a Liga italiana por boa parte da época, ficou a um ponto do campeão Nápoles. Perdeu também a Supertaça para o Milan, de Sérgio Conceição e Rafael Leão. E, na Taça de Itália, caiu nas meias-finais novamente frente ao Milan, que desta vez já contou com João Félix. 

Analisando agora a Liga dos Campeões, os italianos conseguiram ser mais consistentes do que os franceses, pelo menos numa fase inicial. Neste que foi o primeiro ano do novo formato da competição, o Inter terminou a «fase de liga» no quarto posto, no qual garantiu diretamente os «oitavos».

O PSG, por sua vez, terminou a primeira fase em 15.º lugar, vendo-se obrigado a jogar um playoff para chegar aos oitavos de final. Missão que os parisienses cumpriram com facilidade, depois de baterem os compatriotas do Brest por 10-0 no aglomerado das duas mãos. 

Na fase decisiva, o Inter eliminou o Feyenoord, o Bayern Munique e o Barcelona. Já o PSG teve um caminho cem por cento inglês, no qual venceu o Liverpool, o Aston Villa e o Arsenal para chegar à final. 

No global da competição, ambas as equipas têm o mesmo número de vitórias (dez). Os italianos apenas perderam um jogo ao longo da competição, frente ao Bayer Leverkusen, e os franceses consumaram cinco desaires. Nota ainda para os oito jogos em que os «nerazzurri» não sofreram golos. Quer isto dizer que o conjunto de Inzaghi deixou a baliza a zeros em mais de metade dos jogos (57 por cento), enquanto os parisienses não sofreram em seis partidas (38 por cento dos jogos).

Em comparação direta, à boleia dos dados Sofascore, o PSG destaca-se com a melhor classificação (7.21 contra 7.05). Os franceses surgem, ainda,  como o melhor ataque (33 golos marcados para 26), enquanto o Inter sobressai com uma melhor defesa (11 golos sofridos contra 15).

Dando seguimento a estas estatísticas de golo, a norma mantém-se. Os orientados de Luis Enrique têm, em média, mais grandes oportunidades de golo por jogo (3.94 contra 3.14). Em grandes oportunidades concedidas, a formação de Simone Inzaghi tem vantagem (1.64 contra 2.25).

O PSG apresenta-se como uma equipa que, por norma, tem mais bola. Em média, os parisienses tem 61.8 por cento de posse de bola, denotando uma veia dominadora. O Inter, por outro lado, regista uma média de 47.1 por cento.

Craque frente a craque, Ousmane Dembélé (PSG) leva vantagem sobre Lautaro Martínez (Inter). De acordo com as notas Sofascore de todas as competições, o francês tem uma classificação média de 7.76. O argentino, por sua vez, tem uma pontuação de 7.25. 

Dembélé sai também na frente no que toca a participações para golo: um total de 44 - 33 golos e 11 assistências. Lautaro regista um total de 25 participações para golo - 22 tentos certeiros e três assistências. 

O avançado surge como mais rematador (3.88 remates por jogo contra 2.96) e com uma maior eficácia de golo (17.7 por cento contra 15.3).

Por outro lado, o capitão do Inter leva vantagem em jogos a titular (43 contra 36) e também uma grande vantagem em minutos por jogo (165.5 minutos contra 96.8). O avançado argentino ganha, ainda, nos duelos vencidos (3.83 por jogo contra 2.67). 

Uma coisa é certa, estatísticas e jogos passados à parte, a noite deste sábado trará certamente uma nova narrativa. Ou o Inter volta a vencer 15 anos depois, ou o PSG conquista a primeira «orelhuda» da história. Aconteça o que acontecer, o futebol sairá, certamente, a ganhar.

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