Champions: Benfica-Nice, 2-0 (crónica)

Diogo Marques , Estádio da Luz, Lisboa
12 ago, 21:57

Nórdicos mostram frieza no calor lisboeta e águia voa para o play-off

A eliminatória estava praticamente decidida à partida, mas o Benfica quis dar aos adeptos motivos para sorrir, apesar do tempo quente que não afastou a onda encarnada do Estádio da Luz. Em campo, Aursnes e Schjelderup construíram uma vantagem tranquila no encontro e a turma de Lage ouviu o toque para o intervalo, com 2-0 no marcador.

O segundo tempo foi muito diferente, o Benfica soube gerir os tempos do jogo e raramente permitiu ao Nice sequer pensar em atirar à baliza de Trubin. No geral, a eliminatória fica marcada pela superioridade notória dos encarnados.

RECORDE AQUI O FILME DESTE ENCONTRO.

Calor, muito calor… um calor ao nível do inferno da Luz. As duas equipas subiram ao relvado perante um ambiente frenético nas bancadas e o Benfica até entrou algo adormecido.

Pressionado pela derrota na primeira mão, o Nice deu um, neste caso, dois ares da sua graça. Primeiro foi Trubin a defender de forma atenta um remate de Bard e logo de seguida foi a vez de Moffi encontrar espaço nas costas da defensiva encarnada e atirar ligeiramente por cima do alvo.

Ainda assim, o Benfica só precisou de uma ocasião de golo para ser feliz. O passe de Enzo Barrenechea foi uma obra de arte, a assistência de Schjelderup deu requinte ao lance e Aursnes colocou a cereja no topo do bolo, com um pontapé indefensável para Diouf.

Como seria de esperar, o Estádio da Luz veio abaixo os adeptos empolgaram-se com o primeiro dos encarnados. O que se seguiu foi um controlo da bola, no meio-campo adversário, por parte do Benfica e que culminou com o 2-0. A dupla norueguesa mostrou frieza na noite lisboeta e após assistir Aursnes para o golo, Schjelderup viu o favor ser-lhe retribuído e duplicou a vantagem no marcador.

Do outro lado, perante a falta de inspiração coletiva, iam surgindo as individualidades de alguns jogadores, com destaque claro para Clauss. O experiente lateral francês recebeu uma bola dentro da área e, de primeira, enviou um autêntico míssil ao poste direito da baliza de Trubin.

Até ao intervalo, os ânimos acalmaram um pouco e o Benfica tentou controlar a posse de bola e evitar quaisquer surpresas no contra-ataque.

Dos balneários regressaram os mesmos 22 intervenientes, sendo que, à semelhança do que tinha acontecido na primeira parte, o Nice voltou a entrar melhor. Destaque claro para uma tentativa de remate de Bouanani, que apenas não levou maior perigo à baliza de Trubin porque António Silva estava lá para o afastar.

Antes de Bruno Lage lançar um dos heróis de Nice, houve ainda tempo para mais uma bola no ferro e o autor foi mesmo Schjelderup. Nota máxima para o trabalho de Pavlidis, que trocou as voltas ao adversário e rematou contra um defesa, acabando por ver o companheiro de equipa desperdiçar o que parecia certo.

Seguiram-se mais mexidas no onze e um abrandar no encontro, apenas combatido por algumas arrancadas de Prestianni, que claramente se quis mostrar a Bruno Lage e aos adeptos. A resposta das bancadas foi sentida e o argentino recolheu uma série de aplausos.

No caminho da águia estão dois embates com o Fenerbahçe de José Mourinho, que durante a pré-temporada perdeu a Eusébio Cup, precisamente contra este Benfica. 

Relacionados

Benfica

Mais Benfica