Champions: Benfica-Midtjylland, 4-1 (destaques)

Adérito Esteves , Estádio da Luz, Lisboa
2 ago 2022, 22:18
Benfica-Midtjylland

Magia de Neres numa noite que podia ter sido ainda mais de Ramos

A FIGURA: Gonçalo Ramos

Uma noite para recordar… que podia ter sido inesquecível. Com Fernando Santos na bancada da Luz, o jovem avançado português fez o primeiro hat-trick nas competições europeias, mas podia ter saído com um saco cheio de golos. Marcou duas vezes de forma igual, com cabeceamentos no coração da área após cruzamentos de Neres e depois… esteve três vezes perto do hat-trick... antes de lá chegar. Primeiro chegou ligeiramente atrasado a um passe de Rafa em que só tinha de encostar; depois, a abrir a segunda parte, permitiu a defesa de Ólafsson, após cruzamento de Otamendi; e aos 57m, assistido por João Mário, complicou para permitir novamente a defesa com os pés ao guarda-redes islandês. E ainda desperdiçou o «poker» depois disso. Podia ter saído com uma noite verdadeiramente histórica da Luz. Assim, «só» marcou três golos.

O MOMENTO: Neres desata os nervos com um «nó» daqueles

Os primeiros 15 minutos de jogo do Benfica não foram famosos. Os jogadores encarnados entraram nervosos e falharam vários passes simples. Até que Neres descomplicou… com magia. Deu um «nó» em Dyhr e serviu para o cabeceamento de Gonçalo Ramos abrir o marcador e o caminho para a goleada.

OUTROS DESTAQUES

Neres

O brasileiro promete ser o desbloqueador do futebol do Benfica. Que manancial de recursos técnicos! Neres desfez sozinho a defesa do Midtjylland. Aos 15 minutos, deu um nó em Dhyr e cruzou para o cabeceamento de Ramos; pouco depois fez igual, agora com Juninho como «vítima», e lançou o Benfica para a goleada. Teve ainda um remate à trave na segunda parte e inúmeros detalhes que deixam os adeptos encarnados a salivar. Foi ovacionado de pé no momento da saída, aos 87 minutos.

Florentino

Quantas bolas recuperou o jovem formado no Seixal? Perdemos a conta, mas o número ultrapassa certamente a dezena. Após um ano de empréstimo no Getafe, Florentino voltou ao Benfica decidido em agarrar um lugar no onze de Roger Schmidt. Começa a época a titular e apresentando-se ao nível que encantou os adeptos quando surgiu na equipa pela mão de Bruno Lage.

Enzo Fernández

O argentino é classe pura. Joga e faz jogar com a simplicidade que só os predestinados possuem. E ainda deixou como cartão de visita no primeiro jogo oficial com a camisola do Benfica um golo daqueles de levantar qualquer estádio do mundo. Um remate à entrada da área, sem deixar a bola tocar no chão após canto de João Mário. É favor aproveitar enquanto dura. Porque é daqueles jogadores que não vai ficar muito tempo em Portugal.

João Mário

Após a chegada de Roger Schmidt foi um daqueles jogadores de quem se disse logo não «encaixar» nas ideias do treinador alemão. Mas desde quando a qualidade não tem lugar numa equipa? No primeiro jogo oficial da época foi um dos melhores em campo e deixa uma assistência para amostra, além de outros passes que não deram golo por muito pouco.

Gilberto

Foi um dos nomes que dominou a conferência de antevisão ao jogo. Os adeptos gostam dele e, por muito que tenha chegado a concorrência de peso de Bah, o lateral brasileiro está com uma confiança que parece inabalável e a jogar assim não vai ser fácil tirá-lo da equipa.

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