Quase todos os partidos perdem votos nestes dois últimos dias de campanha, menos o PSD, IL, Chega e PAN.
A dois dias das eleições, a tracking poll da CNN/TVI revela-nos que todos os cenários estão em aberto no desenho do novo parlamento, mas as probabilidades tendem mais para o PS.
É o PS que reúne as preferências dos inquiridos, 36,6%, um número que se tem mantido estável desde o início da semana, ora subindo ou descendo 0,1 pontos percentuais.
Mas o PSD encurtou a distância em relação aos socialistas neste últimos dias. Está nos 32,9%, a 3,7 pontos percentuais do partido de António Costa.
Os sociais-democratas protagonizam a maior subida do dia, de 1,6 pontos percentuais, o que abre ainda mais dúvidas para os resultados do dia 30 de janeiro. Faltam dois dias para as eleições e a tendência do PSD é de subida.
De notar ainda que socialistas e sociais-democratas se encontram em empate técnico pois os intervalos de confiança mínimos e máximos dos dois se sobrepõem.
A terceira força parlamentar
Apenas uma vez nesta sondagem diária, o Chega não esteve em terceiro lugar nas preferências, esteve duas vezes empatado nessa posição, e nos restantes dias segurou a posição isolado. Na quarta-feira, o Bloco ultrapassou momentaneamente o partido de extrema-direita, mas o partido de André Ventura voltou a subir e neste momento reúne 5,4%.
Muito próximos, mas atrás, ficam CDU e Iniciativa Liberal, ambos com 5,2%, e Bloco de Esquerda, com 5,1%.
O Livre chega ao fim desta tracking poll com 1,7%, o CDS com 1,4% e PAN com 1,2%.
Os indecisos
Ainda são 14,1% o número de indecisos a dois dias das eleições. E com intervalos tão próximos entre PS e PSD e mesmo na corrida a terceira força política, a diferença pode mesmo estar naqueles que ainda vão decidir em quem vão votar.
Sondagem diária
PS | PSD | CDS-PP | CDU | BE | |
dia 13 | 38,9% | 29,7% | 1,7% | 4,6% | 6,2% |
dia 14 | 38,8% | 29,3% | 1,3% | 4,6% | 6,8% |
dia 15 | 39,6% | 29,6% | 0,9% | 5,1% | 6% |
dia 16 | 40,1% | 28,8% | 0,6% | 5,9% | 5,9% |
dia 17 | 39,8% | 30,4% | 1,3% | 5,8% | 4,5% |
dia 18 | 38,7% | 30,4% | 1,1% | 5,3% | 5,1% |
dia 19 | 36,5% | 32,9% | 1% | 5% | 5% |
dia 20 | 34,6% | 33,5% | 1,2% | 4,5% | 4,9% |
dia 21 | 33,5% | 34,5% | 0,8% | 4,7% | 5,7% |
dia 22 | 34,01% | 33,5% | 0,8% | 5,1% | 5,5% |
dia 23 | 35,3% | 31,4% | 1,6% | 4,9% | 6,1% |
dia 24 | 36,7% | 31,4% | 1,4% | 4,3% | 5,7% |
dia 25 | 36,6% | 30,9% | 1,8% | 4,2% | 6,7% |
dia 26 | 36,7% | 31,3% | 2,1% | 5,7% | 6,1% |
dias 27 e 28 | 36,6% | 32,9% | 1,4% | 5,2% | 5,1% |
PAN | Livre | Chega | IL | Outros | |
dia 13 | 2,1% | 1,2% | 6,9% | 5,4% | 3,3% |
dia 14 | 1,9% | 1,5% | 7,8% | 4,9% | 3,2% |
dia 15 | 1,7% | 1,5% | 8,1% | 4,7% | 3% |
dia 16 | 1,5% | 1,3% | 8% | 5% | 2,9% |
dia 17 | 1,7% | 1,5% | 7,5% | 4,3% | 3,2% |
dia 18 | 1,7% | 1,1% | 7,2% | 4,7% | 4,7% |
dia 19 | 1,9% | 1,5% | 6,3% | 5,2% | 4,8% |
dia 20 | 1,6% | 1,6% | 6,3% | 6,3% | 5,3% |
dia 21 | 1,6% | 1,2% | 6,5% | 5,7% | 5,9% |
dia 22 | 1,6% | 1,2% | 6,6% | 5,3% | 6,2% |
dia 23 | 1,6% | 0,8% | 6,9% | 4,7% | 6,5% |
dia 24 | 1,8% | 1,0% | 7,5% | 3,2% | 6,9% |
dia 25 | 1% | 1,6% | 6,7% | 3,8% | 6,7% |
dia 26 | 1% | 1,8% | 5,1% | 4,3% | 6,1% |
dias 27 e 28 | 1,2% | 1,7% | 5,4% | 5,2% | 5,4% |
Ficha técnica
Durante 5 dias (24 a 28 de janeiro de 2022) foram recolhidas diariamente pela Pitagórica para a TVI e CNN Portugal uma sub-amostra de 152 entrevistas representativa do universo eleitoral português (não probabilístico) tendo por base os critérios de género, idade e região. O resultado do apuramento dos 4 últimos dias de trabalho de campo, implica uma amostra de 760 indivíduos que para um grau de confiança de 95,5% corresponde a uma margem de erro máxima de ±3,63. A seleção dos entrevistados foi realizada através de geração aleatória de números de “telemóvel” mantendo a proporção dos 3 principais operadores identificados pelo relatório da ANACOM, sempre que necessário são selecionados aleatoriamente números fixos para apoiar o cumprimento do plano amostral. As entrevistas são recolhidas através de entrevista telefónica (CATI – Computer Assisted Telephone Interviewing).
O estudo tem como objetivo avaliar a opinião dos eleitores portugueses, sobre temas relacionados com as eleições, nomeadamente os principais protagonistas, os momentos da campanha bem como a intenção de voto dos vários partidos. A percentagem de indecisos é de 14,1% que são distribuídos proporcionalmente. A taxa de resposta foi de 57,88% e a direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva. A ficha técnica completa bem como todos os resultados foram disponibilizados junto da Entidade Reguladora da Comunicação Social que os disponibilizará oportunamente para consulta online.