Emissão da noite eleitoral da TVI e CNN Portugal será simultânea e conta com cinco pivôs em antena. Com estreia da "Magic Wall"
A primeira noite eleitoral da história da CNN Portugal, no domingo, estará em simultâneo com a TVI, será conduzida por cinco pivôs - José Alberto de Carvalho, Pedro Mourinho, Sara Pinto, João Póvoa Marinheiro e Judite Sousa - e terá uma das principais marcas da emissão da CNN: a Magic Wall.
Pedro Benevides será o John King português, aos comandos deste quadro que é mais do que um touch screen. “A Magic Wall conta histórias próprias. Cruza dados desta e de outras noites eleitorais. Permite ter uma comparação”, explica Anselmo Crespo, diretor de informação da TVI, esta terça-feira, em conferência de imprensa.
"É o grande brinquedo que temos no estúdio, uma coisa verdadeiramente interativa", diz o jornalista Pedro Benevides. "O que estamos a descobrir é que o Magic Wall é uma tecnologia que nos permite ter muitas histórias que podemos contar de maneira apelativa aos espectadores".
“Do ponto de vista estético, formal vamos acrescentar em relação ao que tem sido feito nos últimos anos”, diz Nuno Santos, diretor da CNN Portugal, acrescentando que o trabalho tem sido desenvolvido com equipas da CNN. A Magic Wall tem 14 anos de vida nos EUA e tem conhecido várias evoluções desde então. “A CNN acrescenta, não subtrai. Estão a chegar duas pessoas de Londres que nos vão ajudar a tornar a emissão melhor, mas eles não conhecem a realidade portuguesa, não fazem eleições desde 1992 como o José Alberto Carvalho ou tantas vezes na régie como Sousa Martins”, refere Nuno Santos.
“Não vamos fazer uma noite eleitoral americana, vamos fazer uma noite eleitoral para Portugal para a realidade portuguesa”, explica Anselmo Crespo.
“O tratamento dos dados, a capacidade de somar informação é a nossa principal aposta sem menosprezar a capacidade do direto e depois incentivando as equipas no terreno a trazer informação com mais acutilância e mais cedo”, acrescenta ainda Nuno Santos. “Além das informações que todos têm teremos equipas no terreno a verificar a informação que vai circular nos bastidores para sermos os primeiros a colocar no ar informação que faça a diferença, uma tarefa que habitualmente fica para os jornais”, ambiciona Nuno Santos, dando um exemplo. “Quando Sócrates anunciou que se ia demitir da liderança foi possível dar essa notícia em primeira mão”.
Numas eleições em que tudo está aberto, José Alberto Carvalho, que acompanhou todas as noites eleitorais desde 1992, lembra a grande pergunta da noite: "Quem é que vai governar o país?". E como ela vai moldar a noite de cobertura eleitoral. "Construímos uma base de dados para poder responder a essas dúvidas em tempo real, de forma muito rápida, e que ajude os portugueses a saber como e por que está a acontecer".
O painel de comentadores, moderado por Sara Pinto e João Póvoa Marinheiro, contará com os nomes habituais a que somam outros, entre eles Pedro Santana Lopes.
O dia antes e o dia seguinte
“No caso da CNN Portugal não estamos a trabalhar apenas para o dia 30, estamos com programação dia 29, vamos tornear o facto de ser dia de reflexão e de não se poder falar de eleições, e a pensar no ‘day after’, como é que se vão comportar os atores políticos2, diz Nuno Santos. Que governo vamos ter? Quais os cenários de governabilidade? “A Magic Wall vai ajudar-nos na semana seguinte a responder a essa pergunta”.
A operação Decisão 22 já está no terreno, acompanhando a campanha eleitoral. São cerca de 350 profissionais envolvidos, 50 jornalistas e repórteres de imagem. Diariamente é conhecida a tracking poll que acompanha as tendências de voto dos eleitores. “A nossa tracking poll tem chamado a atenção não só dos políticos, mas dos cidadãos. Não por acaso os políticos e atores políticos em geral, mesmo aqueles que não referem a quem pertence o trabalho, estão a trabalhar em função dos nossos resultados”, refere Nuno Santos.
Este sábado, dia de reflexão, e, portanto, estando proibido dar notícias relacionadas com a campanha eleitoral, a CNN Portugal tentará tornear a questão no programa “Fontes Bem Informadas”. “Vou inspirar-me numa coisa tipo Harry Potter, com um vilão de que se fala mas de quem não se diz o nome, encontrando uma solução criativa para falar sobre aquilo que não pode ser nomeado, diz Pedro Benevides, autor do programa. Com ponderação, garante Nuno Santos.
