Rumo à Casa Branca: os seis cenários possíveis desta noite eleitoral

5 nov, 23:31
Donald Trump e Kamala Harris. Eleições EUA. Fotos Getty Images

Tendo por base os sete estados mais decisivos destas presidenciais norte-americanas, eis os possíveis caminhos apontados pelos especialistas para um dos dois principais candidatos – Kamala Harris ou Donald Trump – ser eleito Presidente

Harris ganha o chamado "cinturão de ferro"

Nas palavras do Washington Post, é o caminho mais seguro para a candidata democrata derrotar Trump – se conquistar os estados swing, ou estados-pêndulo, da Pensilvânia, Michigan e Wisconsin, a par de todos os outros não-swing que Joe Biden conquistou em 2020. Se alcançar o feito, e considerando que os três estados equivalem a 44 votos no Colégio Eleitoral, garante o mínimo necessário de 270 para ser eleita. Atenção ao fecho das urnas nesses estados decisivos, entre a 1h e as 2h da manhã, hora de Lisboa.

Harris repete a vitória de Biden à risca

As sondagens colocam a democrata atrás de Donald Trump na Geórgia, no Arizona e na Carolina do Norte, outros três dos sete estados mais decisivos, mas a liderança do republicano é mínima e está dentro da margem de erro. Se conseguir conquistar o voto latino e o voto afroamericano, é possível sair vitoriosa tal como aconteceu com o atual Presidente em 2020. As urnas na Geórgia fecham à meia-noite em Lisboa (desta vez com atrasos após o horário para votar ter sido alargado em algumas estações de voto após falsas ameaças de bomba), seguida da Carolina do Norte meia hora depois e do Arizona às 2h da manhã.

Harris conquista os estados do "Sun Belt"

É o caminho menos provável para levar a atual vice-presidente à vitória: ganhar em quatro dos sete estados decisivos, leia-se, Nevada, Arizona, Carolina do Norte e Geórgia. De acordo com a média de sondagens mais recentes, Harris segue atrás de Trump em três deles e tem uma margem de avanço de apenas um ponto percentual em Nevada.

Trump assegura o mínimo de 270 votos

O caminho mais seguro para dar a vitória ao republicano é conquistar a Pensilvânia, a Carolina do Norte e a Geórgia, o que, a par de todos os outros estados não-swing onde ganhou em 2020, lhe garantiria o mínimo de 270 votos no Colégio Eleitoral para derrotar a rival democrata. Trump segue à frente de Kamala Harris na Geórgia com dois pontos percentuais, e com menos de um ponto percentual na Carolina do Norte, o mesmo valor que coloca a democrata na liderança na Pensilvânia – novamente, tudo dentro da margem de erro dos inquéritos de opinião.

Trump conquista o "Sun Belt" e um estado do “cinturão de ferro”

Segundo alguns analistas, é um cenário que não é difícil de imaginar, dado que Trump está à frente de Harris na Geórgia, no Arizona e na Carolina do Norte e que a margem de avanço da democrata no Nevada é mínima. No Michigan e no Wisconsin, Harris tem margens de avanço mais confortáveis, mas esteve a perder terreno nos dois estados desde o início de outubro. Neste cenário, se as sondagens não tiverem falhado por muito, Trump conquista cinco dos sete estados decisivos e ultrapassa o mínimo de 270 votos no Colégio Eleitoral de que precisa para vencer.

Trump repete a vitória de 2016

Ninguém esquece a derrota de Hillary Clinton para Donald Trump há oito anos, quando as sondagens divulgadas ao longo da campanha ficaram muito aquém do que realmente aconteceu – e quando, apesar de ter conquistado mais votos nas urnas, Clinton não conquistou suficientes estados decisivos para ganhar o Colégio Eleitoral, onde o Presidente dos EUA é realmente eleito. Num ano com uma corrida extremamente renhida, talvez até mais do que há oito anos, e dado que os avanços de Trump e de Harris nas sondagens estão quase todos dentro das margens de erro, uma repetição de 2020 não é de excluir: ou seja, ver Trump conquistar seis dos sete estados decisivos à exceção do Nevada, o que lhe garantiria 306 votos no Colégio, bem acima dos 270 que qualquer dos candidatos precisa para vencer.

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