Dois adeptos do Boavista condenados por agressões nos Açores

12 abr 2019, 14:09
Estádio São Miguel

Em causa episódio com funcionários e proprietário de restaurante em Ponta Delgada

Dois dos cinco adeptos do Boavista arguidos no caso de agressões nos Açores, foram, esta sexta-feira, condenados pelo Tribunal Judicial de Ponta Delgada. 

Os adeptos boavisteiros envolveram-se, alegadamente, em agressões a funcionários, bem como ao proprietário de um restaurante em Ponta Delgada, na véspera do jogo ante o Santa Clara, em agosto de 2018, para a Liga portuguesa de futebol.

Um dos arguidos, membro da claque do Boavista, “Panteras Negras”, que se encontrava em prisão preventiva, foi condenado a um ano e três meses de prisão domiciliária e sujeito a vigilância eletrónica por dois crimes de ofensa à integridade física simples.

Na leitura do acórdão, a juíza referiu que, na aplicação daquela pena, a cumprir na habitação do arguido, o tribunal teve em conta o facto de o visado ter filhos menores. Contudo, alertou para o facto de aquele já ter «antecedentes criminais com penas suspensas» e «nunca alterou o seu comportamento». «Não é possível suspender a pena, mas como tem filhos menores cumprirá em regime de permanência na habitação e sujeito a vigilância eletrónica», referiu a juíza, ao arguido.

O que dizem a acusação e os arguidos da claque do Boavista

O segundo condenado do processo, estava, também, em prisão preventiva em Ponta Delgada: foi sentenciado a dois anos e três meses de prisão, com pena suspensa, por quatro crimes de ofensa à integridade simples e um crime de ameaça. Fica obrigado a frequentar ações formativas de promoção de hábitos contra a violência.

Os restantes três arguidos foram, entretanto, absolvidos. Tratavam-se do líder da claque, um agente da PSP e um segurança privado.

O tribunal deu como provada uma sucessão de agressões dos dois homens condenados, na véspera do jogo em causa, embora a atuação dos dois arguidos acusados não tenha sido premeditada.

O proprietário do restaurante, Carlos Vieira, referiu que «o tribunal teve apenas em conta os filhos» dos arguidos» para a aplicação das penas e «não se lembrou dos filhos dos empregados». «E os meus e os dos empregados?», questionou, citado pela agência Lusa.

Carlos Vieira referiu ainda que admite recorrer da decisão, que ficou com o negócio «prejudicado» e que teve «noites sem dormir e advogados para pagar». Por seu turno, a defesa dos acusados notou que a decisão judicial «parece equilibrada e sensata».

Artigo atualizado às 15h21

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