MP abre processo a Nuno Cabral por negar veracidade dos e-mails do Benfica

28 fev 2020, 16:22
Caso dos emails: Francisco J. Marques admite que possam surgir novas revelações

Ministério Público extraiu certidão do testemunho em tribunal a negar autenticidade dos documentos e enviou para o DIAP

O Ministério Público (MP) extraiu uma certidão no caso dos e-mails contra o Nuno Cabral e enviou-o para o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, segundo apurou o Maisfutebol.

O MP entende que o ex-delegado da Liga terá prestado falso testemunho em tribunal quando negou a veracidade dos e-mails do Benfica divulgados no Porto Canal.

De acordo com o despacho, na inquirição como testemunha «Nuno Cabral afirma que os e-mails lidos no programa Universo Porto da Bancada por Francisco J. Marques não eram seus». No entanto, «nos autos foram recolhidos vários elementos que permitem sustentar a sua veracidade».

Ainda de acordo com o mesmo documento, Nuno Cabral foi advertido de que incorria «na prática de um ilícito de falsidade de depoimento». Com efeito, «atendendo à disparidade e incongruência que fica evidente nos autos, com o seu depoimento», o MP entendeu extrair a certidão da inquirição da testemunha e enviar para o DIAP de modo no sentido de abrir a Nuno Cabral um processo pela prestação de falso testemunho em tribunal.

De referir que neste processo dos e-mails o Ministério Público acusou o diretor de comunicação do FC Porto de seis crimes de violação de correspondência e um de acesso indevido no caso dos e-mails do Benfica revelados no Porto Canal. Além de Francisco J. Marques, também Júlio Magalhães, diretor do Porto Canal, e o comentador Diogo Faria foram acusados por três e dois crimes de violação de correspondência, respetivamente.

 

 

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