opinião

O Caminho

21 jun 2022, 07:00

Notas Soltas

"Não é o caminho que faz o homem. É o homem que faz o caminho"

A afirmação é de Confúcio.

Tenho estado a ler sobre o pensamento plasmado na filosofia oriental e que, de certa forma, nos ajuda a reflectir sobre o modo como encaramos a vida. Na realidade, há muito a aprender com os Orientais, nomeadamente com os filósofos Chineses que viveram há mais de 2 mil anos. Nessa altura, a China era uma nação pujante. O problema é que passou por uma longa "idade média" , ou seja, por um longo período de obscurantismo. Emergiu no século XX e agora é uma potência económica na lógica de Deng Xiao Ping : "Um país, dois sistemas", ou seja ditadura e capitalismo.

Dito isto, vamos ao pensamento oriental. Existe uma questão prévia : o modo como pensamos estar a viver as nossas vidas não é o modo como as vivemos. De igual forma, como pensamos que tomamos decisões não corresponde às decisões sobre as mesmas.

É aqui que entra o conceito de "caminho". Os Chineses chamam-lhe DAO. Uma das reflexões de Confúcio tem a ver com a bondade. Ele entendia a bondade como o desenvolvimento de uma sensibilidade que permitia despertar as melhores características do ser humano.

De certo modo, o filósofo Alemão Immanuel Kant ( 1724- 1804) seguiu a mesma linha de raciocínio. Afirmou que, qualquer que fosse a situação, os Homens deveriam agir como se a sua ação pudesse tornar -se uma lei universal.

Para os Orientais, o "coração-mente" era o centro das nossas emoções e também o centro da nossa racionalidade. O que separava aqueles que se tornavam seres humanos grandiosos daqueles que não o viriam a ser era a capacidade de seguir o tal "coração-mente" em vez de acompanhar cegamente os sentidos ou o intelecto.

Lao Tsé ficou conhecido como o fundador de uma escola de pensamento que, mais tarde, evoluiu para um pensamento religioso: Taoísmo. Também ele faz múltiplas referências ao "caminho".

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