opinião

A Rainha e os desgostos

4 jun 2022, 07:00

Notas Soltas

A jovem Isabel não imaginava ser rainha tão jovem. Talvez os tempos mais felizes da sua vida tenham sido passados em Malta quando ela era apenas a mulher de um oficial da marinha. Muito provavelmente não iremos conhecer alguma vez da sua própria boca os seus sentimentos. Nem sobre as infidelidades do marido nem sobre as desilusões dos filhos. Dizem os biógrafos que André sempre foi o preferido da mãe. Talvez. Não sabemos. O que nos é dado observar é que depois dos escândalos sexuais em que se envolveu ou se viu envolvido,a mãe retirou-lhe todos os privilégios reais. Sem excepção. Aos 96 anos, esta mulher permanece fiel ao seu juramento perante os súbditos e o mundo: preservar a monarquia e a sua integridade. Mesmo que lhe tenha saído do ventre de mãe. 

Nas cerimónias oficiais, no sentido literal do termo do jubileu de platina de Isabel II, não temos André na varanda do palácio de Buckingham nem teremos o seu neto Harry. Uma pena. Isabel, rainha do Reino Unido, da comunidade dos Estados Britânicos e da igreja Anglicana não pode nem poderá nunca ceder. Mesmo que isso vá contra os seus laços de sangue. 

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