As agências palestinianas noticiaram que mais de mil pessoas terão participado na manifestação na Esplanada, conhecida como Monte do Templo para os judeus
Centenas de judeus invadiram esta terça-feira a Esplanada das Mesquitas em Jerusalém para assinalar a destruição dos templos históricos, apesar da proteção e vigilância especiais da zona devido à sua importância também para a comunidade muçulmana.
Alguns dos judeus rezaram no local, apesar da proibição expressa de o fazerem, segundo os meios de comunicação palestinianos, citados pela agência espanhola Europa Press.
Nos termos do ‘status quo’ acordado em 1967 entre Israel e os países árabes liderados pela Jordânia, o culto no recinto está reservado aos muçulmanos.
Os judeus só podem entrar como visitantes em horários predeterminados, caminhar ao longo de um percurso definido, acompanhados por polícias, e rezar no Muro das Lamentações, que se encontra nas proximidades.
A Jordânia é a guardiã dos locais sagrados muçulmanos e cristãos em Jerusalém Oriental, embora Israel controle o acesso e as visitas aos locais, ao abrigo dos acordos de paz subscritos pelos dois países em 1994.
A área foi o local do Primeiro e Segundo Templos, um património histórico destruído do qual apenas resta o Muro das Lamentações como vestígio.
A Esplanada contém também a Mesquita de Al Aqsa, o terceiro local mais sagrado do Islão, depois de Meca e Medina, na Arábia Saudita.
A coexistência dos locais sagrados em Jerusalém obriga as partes a manter um equilíbrio delicado para não acender um rastilho que possa desencadear uma onda de tensão política e mesmo de violência.