Josef Fritzl, que prendeu a filha na cave durante 24 anos, pode ser libertado em 2024

30 dez 2021, 12:07
Josef Fritzl em 2009 Foto: AP

O austríaco pode ser transferido de uma unidade especial para o regime prisional regular, tornando-se elegível para libertação antecipada quando cumprir 15 anos de cadeia

Josef Fritzl, o austríaco que sequestrou a própria filha na cave de casa durante 24 anos, violando-a e tendo com ela sete filhos, poderá ser libertado em 2024.

Segundo o jornal austríaco Kurier, no início deste ano, o tribunal regional de Krems, na Áustria, decidiu que Fritzl - condenado a prisão perpétua em 2009 - deveria ser transferido da unidade especial para doentes psiquiátricos onde estava detido para o sistema prisional regular.

O Ministério Público opôs-se e acabou por obrigar à intervenção da mais alta instância de justiça regional, que determinou que Fritzl fosse observado por um especialista para determinar o seu estado psiquiátrico e neurológico. 

Assim, se o especialista concluir que há alterações no estado de Josef Fritzl, de 86 anos, o recluso deverá manter-se na mesma unidade. Caso seja transferido para o regime normal de detenção, poderá, em 2024, pedir libertação antecipada, por ter cumprido 15 anos de pena.

No entanto, a imprensa austríaca cita relatos de que Fritzl tem manifestado sinais de demência.

A decisão do especialista que vai avaliar o recluso deve ser conhecida no final de janeiro de 2022, disse ao Kurier Ferdinand Schuster, vice-presidente do tribunal regional de Krems.

Josef Fritzl, que ficou conhecido como "o monstro de Amstetten", prendeu a filha Elisabeth durante 24 anos, violando-a mais de 3.000 vezes, segundo a acusação.

A jovem acabaria por ter sete filhos, um dos quais morreu ainda recém-nascido, em cativeiro. 

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