José Luís Carneiro considera que "tem havido decisões perniciosas ao Estado com a limpeza a eito em altos quadros"

23 ago, 09:01
José Luis Carneiro (Rodrigo Antunes/Lusa)

REVISTA DE IMPRENSA || Ex-ministro considera que o Governo "deve sempre promover um diálogo e a concertação com o principal partido da oposição" sobre "matérias de soberania"

José Luís Carneiro considera que "tem havido decisões perniciosas ao Estado com a limpeza a eito em altos quadros” na gestão das nomeações em áreas de soberania.

Em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF, o ex-ministro considera que "o Governo nestas matérias de soberania deve sempre promover um diálogo e a concertação com o principal partido da oposição, bem como com outras lideranças partidárias com quem entenda dever fazê-lo".

No entanto, adianta que as decisões "muito perniciosas ao Estado", que não têm o cuidado "de garantir que há uma transferência de conhecimento" têm "efeitos nocivos na própria administração pública".

"A substituição de um alto dirigente da administração pública sempre que há mudanças políticas do governo, deve obedecer a um tempo destinado à transferência de conhecimento", afirmou, lembrando que na saída do embaixador Paulo Vizeu Pinheiro - do cargo de secretário-geral do Sistema de Segurança Interna - "isso é ainda mais relevante, porque estamos a falar do mais importante órgão de decisão da mais importante estrutura de decisão estratégica sobre a segurança nacional".

Paulo Vizeu Pinheiro foi nomeado em março para o cargo de representante permanente de Portugal junto do Tratado do Atlântico Norte - DELNATO, em Bruxelas, em Bruxelas, cargo que deveria ter iniciado em julho. No entanto, a sua exoneração enquanto secretário-geral do Sistema de Segurança Interna só aconteceu esta quinta-feira, sem estar ainda nomeado o seu substituto.

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