REVISTA DE IMPRENSA || Quatro meses depois, a maior parte dos agentes ainda aguarda o pagamento pelos "gratificados"
Quatro meses depois da Jornada Mundial da Juventude, a maioria dos agentes da Polícia de Segurança Pública ainda não foram pagos pelos serviços extra que prestaram durante essa semana, avança o jornal Público, que cita fonte de dois sindicatos da PSP e do Ministério da Administração Pública.
No entanto, em declarações ao jornal, o MAI garante que já está "em curso o processamento administrativo para concluir o pagamento no mais curto espaço de tempo possível", uma vez que "a verba correspondente aos serviços remunerados prestados por polícias durante a JMJ já foi transferida para a PSP".
O MAI não esclarece, porém, sobre o valor que foi transferido, de onde proveio, a quantos agentes se destina.
O recurso a polícias para serviços extra - o chamado trabalho "gratificado" - foi necessário quando, segundo o Sinapol, a PSP percebeu que era necessário reforçar o efetivo e teve de recorrer aos "gratificados" por não ter agentes disponíveis. O sindicato estima que sejam "milhares" os agentes que tenham de receber pelos serviços prestados durante a JMJ.
Segundo o Público, cada período de quatro horas de gratificado implica um pagamento mínimo de 42 euros aos agentes.
Em comunicado enviado às redações durante a manhã de quarta-feira, a PSP revela que "na semana transata a Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros efetuou a transferência global da verba dos serviços remunerados prestados".
"Atendendo a que o pagamento dos serviços remunerados está associado ao processamento mensal dos vencimentos, o que levaria a que o valor dos remunerados da JMJ2023 só fosse creditado no vencimento de janeiro de 2024, foi dada a indicação ao Departamento de Gestão Financeira para que se iniciasse o processo de registo e processamento de imediato. Assim, será possível fazer um processamento extraordinário e os serviços remunerados serão pagos ainda durante o mês de dezembro", acrescenta a nota.