Dupla portuguesa e o diploma olímpico: «O que podíamos controlar, controlámos»

8 ago, 16:03
Diogo Costa e Carolina João nas regatas de 470 (AP Photo/Carolyn Kaster)

Carolina João e Diogo Costa terminaram a classe de 470 no quinto lugar, depois do segundo posto na «medal race»

Satisfação foi o termo que resumiu as sensações dos velejadores Carolina João e Diogo Costa após a conquista do diploma olímpico, com o quinto lugar na vela, na classe de 470. Em todo o caso, as baterias estão apontadas a Los Angeles 2028.

«Um quinto lugar é espetacular. A vela é um desporto muito medalhado em Portugal, mas, ao mesmo tempo, as medalhas já são mais velhas do que eu. Era um sonho que tínhamos e achávamos que éramos capazes, mas também sabíamos que dependíamos quase totalmente dos outros. Tínhamos de ganhar a regata e ficar a olhar para trás. Não conseguimos ganhar a regata, mas isso também foi consequência do princípio do campeonato. Achávamos que a regularidade era o nosso ponto forte e já não fazíamos uma largada adiantada há cerca de dois anos», analisou Diogo Costa, de 26 anos.

O velejador foi 15.º em Tóquio 2020, na companhia de Pedro Costa. Esta quinta-feira, frisou a importância da consistência.

«A largada adiantada, mais o 16.º e o 14.º, que foram os nossos piores resultados em campeonatos oficiais deste ano, foi um início muito duro, mas, ao mesmo tempo, conseguimos combater isso com as nossas melhores regatas do ano inteiro. Estamos felizes», acrescentou.

E Los Angeles está a menos de quatro anos: «Desde o princípio que apontámos a nossa oportunidade real para 2028 e foi o que a Carolina [João] disse antes de chegar a terra, a próxima campanha começa amanhã».

Ora, a velejadora, de 27 anos, estava visivelmente satisfeita com o resultado.

«Estamos muito contentes com o trabalho que temos vindo a desenvolver. O objetivo era conseguirmos o diploma, conseguimos. Lutámos até ao fim. O que podíamos controlar, controlámos», afirmou.

A lisboeta está, então, ansiosa pelo regresso aos Jogos Olímpicos.

«A ideia é continuarmos para Los Angeles. É um projeto que temos vindo a desenvolver e que tem corrido bastante bem. Temos feito uma evolução bastante rápida. Há três anos não navegava neste barco e estamos a competir contra pessoas que já navegam há vários anos. Acho que a nossa evolução tem sido bastante boa e estamos entusiasmados com a campanha para os próximos Jogos», concluiu.

A dupla portuguesa foi segunda na «medal race», posto que conferiu o quinto lugar na disciplina de 470.

A melhor prestação portuguesa continua a pertencer à dupla Hugo Rocha e Nuno Barreto, medalha de bronze em Atlanta 1996.

Em Paris 2024, Portugal conta com uma medalha de bronze e sete diplomas olímpicos.

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