Pugilista Imane Khelif vai apresentar queixa por «cyberbullying agravado»

12 ago, 18:42
Imane Khelif (MAST IRHAM/EPA)

As dúvidas em torno da sua sexualidade foram «a maior mancha dos Jogos Olímpicos»

Depois de muitas especulações e acusações em torno de Imane Khelif, pugilista intersexual que representou a Argélia nos Jogos Olímpicos, e ganhou a medalha de ouro na categoria -66 kg, surge a resposta legal.

A pugilista vai apresentar queixa por «cyberbullying agravado», segundo o advogado da atleta, Nabil Boudi. O anúncio foi feito nas redes sociais.

«Depois de conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Paris2024, a pugilista Imane Khelif decidiu iniciar uma nova luta: da justiça, dignidade e honra», informou Boudi.

«O assédio injusto sofrido pela pugilista campeã constitui a maior mancha dos Jogos Olímpicos», afirma o advogado, que pede que se «apure quem iniciou esta campanha misógina, racista e sexista, mas também se ocupe dos que alimentaram o linchamento digital».

Khelif, de 25 anos, venceu a medalha de ouro na referida categoria, diante da chinesa Yang Liu, campeã do mundo em 2023, por decisão unânime dos juízes.

Recorde-se que a Associação Internacional de Boxe, que entrou em rota de colisão com o Comité Olímpico Internacional (COI), rejeitou a participação de Imane Khelif e de outra atleta nos Mundiais de 2023, por terem falhado nos testes de género, devido a testosterona excessiva.

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