Pequim anuncia que EUA, Austrália, Reino Unido e Canadá «vão pagar preço» pelo boicote

9 dez 2021, 12:32
Sobras dos atletas no decorrr dos 50 quilómetros de marcha nos Jogos òlímpicos de Tóquio2020  (AP Photo/Eugene Hoshiko)

Quatro países anunciaram boicote diplomático aos Jogos Olímpicos de Inverno em protesto contra os atentados aos direitos humanos na China

A República Popular da China anunciou que Estados Unidos, Austrália, Reino Unido e Canadá «vão pagar o preço» pelo anunciado boicote diplomático aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim em 2022.

Os quatro países que vão enviar atletas sem acompanhamento de responsáveis oficiais «vão pagar o preço» da decisão que tomaram, considerou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim, Wang Wenbin.

Os Estados Unidos, a Austrália, o Reino Unido e o Canadá anunciaram, quarta-feira, o boicote diplomático à competição internacional posicionando-se desta forma contra os atentados aos direitos humanos na República Popular da China. 

«Os Estados Unidos, Austrália, Reino Unido e Canadá utilizaram o palco olímpico com intenções de manipulação política. Isto é impopular e equivale ao isolamento. Eles vão inevitavelmente pagar o preço por esse mau movimento», acrescentou Wang Wenbin. 

O porta-voz diplomático afirmou ainda que Pequim não vai enviar convites aos países «em questão».

«Os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim vão ser um sucesso», afirmou.

«O desporto nada tem que ver com a política. Os Jogos Olímpicos são uma grande reunião de atletas e de amantes do desporto e não um palco para os políticos darem espetáculo», disse ainda o porta-voz.

Os Jogos Olímpicos de Inverno 2022 vão decorrer em Pequim a partir do próximo dia 4 de fevereiro.

Devido à situação pandémica e às restrições impostas por Pequim contra a propagação do covid-19 poucos chefes de Estado devem marcar presença na abertura das olimpíadas de inverno.

Mesmo assim, o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, já confirmou a deslocação, após o convite do homólogo chinês.

A França anunciou, entretanto, que não vai boicotar diplomaticamente os jogos.

 

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