Pimenta: «Nem uma medalha reconforta os duros treinos e a ausência da família»

12 ago, 23:01
Fernando Pimenta, canoísta português depois dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 (LUSA/FERNANDO VELUDO)

Canoísta português mostrou-se feliz com o apoio dos portugueses, apesar do sexto lugar nos K1 1000m dos Jogos Olímpicos

Fernando Pimenta, canoísta português não arrecadou medalha nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, mas confessou que tem sido encorajado para não terminar a carreira.

«Muitos portugueses, e não só, têm-me escrito mensagens a pedir para eu continuar. Depois de uma época tão difícil como esta, já me passou pela cabeça atirar a toalha ao chão. Senti-me muito cansado, às vezes sem cumprir objetivos, mas este empurrão ajuda bastante», referiu, esta segunda-feira, na chegada ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.  

«Sinceramente, não senti peso nenhum. Foi o que sempre disse: havia uma probabilidade de conseguir uma medalha, mas também havia de não conseguir nenhuma. Infelizmente, saiu esta última probabilidade que não queríamos», disse.

Na prova de K1 1000m, a única que o atleta luso fez, acabou em sexto, com 3.29,59 minutos, a 5,52 minutos do campeão olímpico, o checo Josef Dostal. Apesar do resultado menos conseguido, Pimenta agradece o «apoio de todos os portugueses» e confessa que saiu de Paris com a mortal «muito em alta».

«Estava no lote dos candidatos, mas no final não me consegui encontrar bem. Fiz basicamente o mesmo tempo do que na meia-final, na qual tive uma boa gestão. Senti que dei o meu máximo, mas não dei o meu melhor. Quando assim é, ficamos tristes. Queria trazer uma medalha para Portugal. Saí de lá sem qualquer medalha, mas com a moral muito em alta pelo apoio de todos os portugueses».

Com um total de 145 pódios na carreira, entre Jogos Olímpicos, Europeus e Mundiais, o canoísta luso confessa que nem uma medalha era suficiente para reconfortar o tempo que passou afastado da família.

«Nem uma medalha consegue reconfortar esses momentos duros de treinos e de ausência da família. Passámos muito tempo em estágio e receber este carinho ajuda, não só a mim, mas também à minha família, aos amigos e a quem me apoia, porque sentem que estão numa onda de energia positiva», concluiu.

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