Xi Jinping notou ainda que EUA e China devem "ter em mente o bem-estar dos dois povos e o interesse comum da comunidade internacional, tomar decisões sensatas, continuar a explorar a melhor forma de as duas grandes nações se entenderem e alcançarem uma longa coexistência pacífica”
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o homólogo chinês, Xi Jinping, concordaram no sábado, no Peru, em não ceder o controlo das armas nucleares à Inteligência Artificial (IA).
“Com base num diálogo franco e construtivo sobre a IA (...), os dois líderes afirmaram a necessidade de manter o controlo humano sobre a decisão de utilizar armas nucleares” e sublinharam "a necessidade de considerar cuidadosamente os riscos potenciais e desenvolver a tecnologia de IA no domínio militar de forma prudente e responsável’, referiu um comunicado da Casa Branca.
No início do encontro entre os dirigentes norte-americano e chinês em Lima, capital peruana, no encerramento da reunião de líderes do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), Xi Jinping garantiu que está pronto para trabalhar com o futuro presidente dos EUA, Donald Trump, que toma posse em 20 de janeiro.
Xi Jinping notou ainda que EUA e China devem "ter em mente o bem-estar dos dois povos e o interesse comum da comunidade internacional, tomar decisões sensatas, continuar a explorar a melhor forma de as duas grandes nações se entenderem e alcançarem uma longa coexistência pacífica”.
“Os Estados Unidos concluíram recentemente as suas eleições. O objetivo da China de uma relação estável, saudável e sustentável China-EUA não mudou”, acrescentou.
Joe Biden falou sobre as “muitas horas” que passou nos quatro anos de mandato a falar com Xi e os progressos alcançados desde a última reunião em Woodside, Califórnia, no ano passado, em matéria de controlo de narcóticos, como o fentanil, e de comunicação militar.
“Nem sempre estivemos de acordo, mas as nossas conversas foram sempre honestas e francas", disse Xi Jinping.