Biden diz que continua focado no Pacífico em plena guerra na Ucrânia

Agência Lusa , BCE
29 mar 2022, 19:28
Joe Biden com o primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong (EPA/Doug Mills)

A equipa de segurança nacional de Biden ficou satisfeita com o facto de Singapura e outros parceiros do Pacífico – Austrália, Japão, Nova Zelândia e Coreia do Sul – agirem com relativa rapidez para atingir a Rússia com sanções após a invasão

O presidente norte-americano, Joe Biden, defendeu esta terça-feira perante o primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, que continua focado na região do Indo-Pacífico, mesmo enquanto lida com as consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia.

“Mesmo enquanto lidamos com a crise na Europa, o meu Governo apoia fortemente a mudança rápida para implementar a estratégia do Indo-Pacífico... e os Estados Unidos são uma orgulhosa nação do Indo-Pacífico”, disse Biden, no início de uma reunião do Salão Oval com Lee, sublinhando que o seu Governo continua o trabalho para fortalecer as relações com Singapura e outras nações da região.

O chefe de Estado norte-americano fez um foco central da sua política externa do ajuste para refletir a ascensão do concorrente militar e económico mais importante dos EUA, a China, mas a invasão da Ucrânia pela Rússia complicou o esforço.

Esperava-se que os dois líderes discutissem a relação EUA-Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), promovendo o regresso da democracia em Myanmar após o golpe militar do ano passado, e o crescimento económico na região.

Biden disse que discutirá, juntamente com Lee Hsien Loong, a situação na Ucrânia e a "liberdade dos mares", uma questão de grande importância na região, dadas as reivindicações territoriais de Pequim sobre a maior parte do Mar do Sul da China.

Lee destacou o compromisso de Biden com o Indo-Pacífico e dos EUA em continuar a "fortalecer os seus interesses estratégicos na região".

“Tenho a certeza de que você está completamente apreensivo com o que está a acontecer na Europa agora”, disse Lee. "Mas agradecemos duplamente o tempo que está a dar a Singapura e aos países do sudeste asiático em geral, especialmente à ASEAN".

A equipa de segurança nacional de Biden ficou satisfeita com o facto de Singapura e outros parceiros do Pacífico – Austrália, Japão, Nova Zelândia e Coreia do Sul – agirem com relativa rapidez para atingir a Rússia com sanções após a invasão.

Singapura, que normalmente espera o apoio das Nações Unidas antes de implementar sanções, impôs restrições a algumas exportações e proibiu instituições financeiras de fazer negócios com bancos russos.

Biden tinha programado receber vários líderes de países da Associação das Nações do Sudeste Asiático esta semana, mas a cimeira foi adiada.

A vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, visitou Singapura em agosto, anunciando acordos envolvendo cibersegurança, mudanças climáticas e questões da cadeia de abastecimento.

Lee Hsien Loong reuniu-se na segunda-feira com o secretário de Defesa, Lloyd Austin.

E.U.A.

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