Ucrânia: EUA planeiam anunciar retirada total da embaixada em Kiev

Agência Lusa , AM
12 fev 2022, 09:12
O Presidente norte-americano, Joe Biden

Washington tinha já ordenado às famílias do pessoal da embaixada dos EUA em Kiev que saíssem do país e aconselhado funcionários não essenciais a fazer o mesmo

A administração dos Estados Unidos planeia anunciar este sábado que todo o pessoal norte-americano da embaixada de Kiev deve deixar o país, avançou a agência de notícias Associated Press (AP).

Responsáveis norte-americanos, que pediram o anonimato, indicaram à AP que o Departamento de Estado planeia anunciar, ao início do dia (hora local), que todo o pessoal dos Estados Unidos da embaixada de Kiev será obrigado a abandonar o país por considerar "uma invasão russa iminente".

O Departamento de Estado escusou-se a comentar.

As mesmas fontes acrescentaram que um número limitado de diplomatas norte-americanos pode ser deslocado para o extremo oeste da Ucrânia, perto da fronteira com a Polónia, um aliado da NATO, para que os EUA possam manter uma presença diplomática no país.

Washington tinha já ordenado às famílias do pessoal da embaixada dos EUA em Kiev que saíssem do país e aconselhado funcionários não essenciais a fazer o mesmo.

Na sexta-feira, o conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden, Jake Sullivan, lançou um aviso público a todos os cidadãos norte-americanos na Ucrânia para deixarem o país o mais rapidamente possível, acrescentando que o Presidente russo, Vladimir Putin, podia lançar uma invasão da Ucrânia a qualquer momento.

Por seu lado, o Pentágono anunciou o envio de mais três mil tropas de combate para a Polónia para se juntarem aos 1.700 que já lá estão reunidos numa demonstração do compromisso norte-americano com os aliados da NATO, preocupados com a perspetiva de Moscovo invadir a Ucrânia.

Os EUA têm cerca de 80 mil tropas na Europa em bases permanentes e destacamentos rotativos.

Também a UE recomendou, na sexta-feira, aos funcionários não essenciais da representação diplomática em Kiev para que deixem a Ucrânia e façam teletrabalho fora do país.

A Rússia criticou já a “histeria” da Casa Branca, referindo-se a um alegado ataque planeado contra a Ucrânia, e acrescentou que os “anglo-saxónicos” querem guerra “a todo o custo”.

Moscovo é acusada pelo Ocidente de ter concentrado dezenas de milhares de soldados ao longo da fronteira com a Ucrânia para proceder a uma invasão, que os Estados Unidos consideraram iminente.

O Kremlin desmentiu qualquer intenção de invadir a Ucrânia e exigiu que a NATO garanta que não aceitará o pedido de adesão da Ucrânia, garantia que Aliança Atlântica rejeitou fazer.

Putin deverá manter, durante o dia, novos contactos telefónicos com os homólogos norte-americano, Joe Biden, e francês, Emmanuel Macron.

E.U.A.

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