Biden empenhado em acusar todos os envolvidos no ataque ao Capitólio "seja qual for o estatuto"

Agência Lusa
5 jan 2022, 22:13
Invasão dos apoiantes de Trump ao Capitólio

Presidente dos Estados Unidos quer responsabilizar todos os intervenientes na invasão ao Congresso norte-americano, que terminou com cinco mortos

 A administração liderada pelo presidente dos Estados Unidos Joe Biden vai acusar todos os participantes no ataque ao Capitólio, ocorrido em 06 de janeiro de 2021, independentemente do seu estatuto, garantiu hoje o responsável do Departamento da Justiça.

Merrick Garland referiu que o Departamento que lidera, equivalente a um ministério, compromete-se a responsabilizar todos os intervenientes na invasão à sede do Congresso norte-americano, que causou cinco mortos, independentemente do seu estatuto.

[Acusaremos] quem quer tenha estado presente naquele dia ou quem seja criminalmente responsável pelo ataque à democracia do nosso país”, frisou.

Segundo parte de um discurso que o governante irá fazer hoje, relativo ao primeiro aniversário do ataque ao Capitólio, o executivo liderado por Joe Biden irá “seguir os factos onde quer que estes conduzam”.

A 6 de janeiro de 2021, milhares de pessoas cercaram e várias centenas forçaram a entrada no Capitólio, quando os congressistas estavam a certificar o resultado das eleições presidenciais de novembro de 2020 e a vitória do atual Presidente, o democrata Joe Biden.

A invasão da sede do Congresso norte-americano aconteceu algumas horas depois do ainda Presidente Donald Trump (republicano) se ter dirigido a uma multidão composta por milhares de apoiantes, durante um comício realizado nas imediações da Casa Branca, e de ter defendido que estes nunca deveriam aceitar uma derrota, numa referência aos resultados das presidenciais de novembro de 2020.

Trump é peça central

O painel da Câmara dos Representantes que investiga a invasão ao Capitólio procura descortinar não apenas a conduta de Trump em 6 de janeiro, quando este apelou à multidão para “lutar incessantemente” contra o resultado eleitoral, mas também os esforços do republicano meses antes, na contestação da derrota eleitoral ou na obstrução a uma transição pacífica de poder.

E solicitou a libertação de documentos do Arquivo Nacional sobre a atuação do agora ex-Presidente naquele dia.

Trump defende agora que, como ex-Presidente, tem o direito de reivindicar privilégios executivos sobre esses documentos, alegando que a sua divulgação prejudicará a presidência dos Estados Unidos no futuro.

Contudo, o atual Presidente, Joe Biden, já determinou que os documentos são de interesse público e que o privilégio executivo não deve ser invocado.

O conteúdo exato desses documentos é desconhecido – supondo-se que sejam mensagens de correio eletrónico, rascunhos de discursos e registos de visitas – mas a comissão da Câmara de Representantes acredita que podem revelar o que exatamente aconteceu na Casa Branca durante o ataque ao Capitólio.

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