Presidente eleito e Presidente em exercício reúnem-se. Encontro é simbólico e prático, porque está em curso a transição de poder. Que não foi pacífica há quatro anos
Joe Biden e Donald Trump voltaram a estar juntos na Casa Branca, mas os papéis inverteram-se. Na primeira reunião de preparação da mudança de administração, o Presidente dos EUA em exercício sublinhou que haverá uma “transição pacífica” de poder em janeiro.
“Estou ansioso por uma transição pacífica”, garantiu Biden, reforçando a promessa que já tinha feito durante o discurso de reação ao resultado eleitoral, que deu a vitória a Donald Trump. "Assegurei-lhe que daria instruções a toda a minha administração para trabalhar com a sua equipa a fim de assegurar uma transição pacífica e ordeira. É isso que o povo americano merece”, afirmou à data.
O Presidente eleito agradeceu esta quarta-feira a promessa de Biden. "A política é dura e, em muitos casos, não é um mundo muito agradável, mas é um mundo agradável hoje e eu agradeço muito”, disse, garantindo que vai ser a transição "mais suave de sempre".
O presidente dos EUA voltou a felicitar Trump nesta que é a primeira reunião entre ambos desde as eleições. “Bem, senhor Presidente eleito e antigo Presidente Donald”, começou por dizer Biden na Sala Oval da Casa Branca, enquanto cumprimentava o sucessor na Casa Branca. "Parabéns", acrescentou.
Antes de se reunir com Biden, o presidente eleito dos EUA esteve com congressistas republicanos, onde gabou a vitória nos swing states. "Ganhámos em todos os sentidos, nos sete swing states, por muito", afirmou perante o público. Trump sugeriu ainda que numa próxima eleição, e se subirem "nem que seja uma fração", os republicanos podem ser capazes de inverter Estados como Nova Jersey, Nova Iorque e Califórnia.
Durante uma conferência de imprensa, após a reunião de quase duas horas, a porta-voz da Casa Branca disse que o encontro entre Trump e Biden foi “substantiva”, “uma troca de pontos de vista”. “Discutiram importantes questões de segurança nacional e de política interna que a nação e o mundo enfrentam”, avançou, como o financiamento do governo norte-americano.
O cenário internacional também teve lugar neste encontro. O presidente dos EUA pediu a Trump que mantenha o apoio à Ucrânia, tal como reforçou a disponibilidade da sua administração para trabalhar com a equipa de Trump na libertação dos reféns do Hamas.