Segundo a imprensa norte-americana, Biden cometeu várias gafes durante esta entrevista, que antecedeu um evento de campanha no Wisconsin no qual garantiu que não vai abandonar a corrida presidencial
Enquanto tenta convencer o eleitorado norte-americano de que está capaz de assumir a presidência dos Estados Unidos por mais quatro anos, e após o desastroso primeiro debate com Donald Trump, Joe Biden cometeu uma nova 'gafe' que veio aumentar as preocupações quanto à sua recandidatura à Casa Branca.
Num programa transmitido pela rádio WURD de Filadélfia, o presidente disse estar orgulhoso de ser "a primeira mulher negra a servir com um presidente negro", numa aparente referência à sua vice, Kamala Harris, cruzada com o seu antecessor democrata, Barack Obama.
O deslize do chefe de Estado, de 81 anos, aconteceu quando Biden tentava descrever a sua experiência enquanto vice-presidente de Obama, o primeiro presidente negro da história dos EUA, e o facto de, depois de ter sido eleito há quatro anos, ter escolhido a afroamericana Kamala Harris para sua vice.
"A propósito, estou orgulhoso de ser, como disse, o primeiro vice-presidente, a primeira mulher negra, a servir com um presidente negro", disse à apresentadora Andrea Lawful-Sanders.
Segundo a imprensa norte-americana, Biden cometeu várias gafes durante esta entrevista, que antecedeu um evento de campanha no Wisconsin no qual garantiu que não vai abandonar a corrida presidencial.
"Não vou deixar que um debate de 90 minutos destrua três anos e meio de trabalho", assegurou. "Vou manter-me na corrida."
Numa entrevista mais recente à ABC News, o candidato à recondução voltou a assegurar que "só Deus todo poderoso" poderá tirá-lo da corrida.
A equipa de Biden tem dado múltiplas explicações para os sucessivos erros e discursos desorientados do presidente, incluindo jet lag, constipação e a incompetência de alguns dos seus assessores.
Mesmo assim, há grandes financiadores da campanha democrata a manifestar preocupações quanto à idade avançada de Biden e à possibilidade de tudo isto contribuir para uma derrota na corrida contra Trump.
Na quinta-feira, depois do famigerado debate com o rival republicano, a herdeira da Disney, a milionária Abigail Disney, anunciou que vai suspender as suas contribuições financeiras ao Partido Democrata "até Biden ser substituído como candidato à presidência".
Antes dela, também Reed Hastings, cofundador da Netflix, disse em entrevista ao New York Times que Biden tem de abdicar da candidatura à Casa Branca para aumentar as hipótese de destronar Trump. "Biden tem de desistir para permitir que um líder democrata vigoroso derrote Trump e nos mantenha seguros e prósperos."