"Quanta mais carnificina estamos dispostos a aceitar?". Biden pede proibição de venda de armas de assalto a particulares

Cláudia Évora , com Lusa
3 jun 2022, 01:05
Joe Biden (AP Photo)

O presidente dos Estados Unidos disse que "é tempo de o Senado fazer alguma coisa"

O Presidente dos Estados Unidos pediu esta sexta-feira ao Congresso para agir no controlo de armas de fogo e aplicar medidas como: a proibição de venda de armas de assalto a particulares, a expansão da verificação de antecedentes criminais e o aumento da idade mínima para se comprar armas.

 Esta é a primeira vez que Joe Biden pede medidas concretas para pôr fim aos tiroteios em massa no país. Medidas essas que têm sido historicamente bloqueadas pelos republicanos. 

"Pelo amor de Deus, quanta mais carnificina estamos dispostos a aceitar?", questionou durante um discurso na Casa Branca.

Biden fez o pedido ao Congresso norte-americano realçando que é "tempo de o Senado fazer alguma coisa" e sublinhando que os políticos não podem "voltar a falhar ao povo americano".

Foi mais longe e disse que considera "inconcebível" que a maioria dos republicanos não queiram tomar quaisquer medidas na legislação sobre a violência com armas de fogo. 

O chefe de Estado norte-americano disse ainda que é "tempo para agir" e acusou os fabricantes de armas de imunidade. "Devemos revogar o escudo de responsabilidade que muitas vezes protege os fabricantes de armas de serem processados pela morte e destruição provocadas pelas suas armas. São a única indústria neste país que tem esse tipo de imunidade".

Uma reação que surge depois de um tiroteio numa escola no Texas que resultou em 21 mortos, entre os quais 19 crianças, e um outro num centro hospitalar em Tulsa, que fez quatro vítimas mortais. 

Desde o início do ano, mais de 18.000 pessoas morreram por crimes com armas de fogo nos Estados Unidos. Números do Gun Violence Archive e que incluem homicídio e suicídios.

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