PSD aguarda respostas de Costa sobre as secretas antes de avaliar outros “procedimentos parlamentares”

Agência Lusa
31 mai 2023, 13:01
Habitação. "Novo programa é de um Governo cada vez mais próximo da extrema-esquerda e alheado da realidade"

“Esperemos que, a bem do país e da cultura democrática, o primeiro-ministro esclareça de uma vez por todas o que efetivamente aconteceu nessa noite e como atuaram os serviços de informações"

O líder parlamentar do PSD disse esta terça-feira que o partido vai aguardar pelas respostas do primeiro-ministro sobre a atuação das ‘secretas’ antes de avaliar outros “procedimentos parlamentares”, admitindo que essa análise possa passar para a próxima sessão legislativa.

Em conferência de imprensa, Joaquim Miranda Sarmento apresentou o requerimento enviado esta terça-feira pelo partido a António Costa, com quinze perguntas sobre a atuação dos serviços de informações na noite da recuperação do portátil do ex-adjunto das Infraestruturas, entre elas se António Costa “autorizou, aprovou ou aceitou” essas diligências.

“Esperemos que, a bem do país e da cultura democrática o primeiro-ministro esclareça de uma vez por todas o que efetivamente aconteceu nessa noite e como atuaram os serviços de informações”, afirmou, dizendo esperar que essas respostas sejam dadas no prazo máximo de 30 dias, impostos pelo Regimento da Assembleia da República.

Questionado se esse prazo será a baliza temporal para que o PSD avance para uma comissão de inquérito sobre o tema – cenário que o partido não tem excluído -, Miranda Sarmento apenas disse que “em função das respostas do primeiro-ministro” o PSD avaliará “que outros procedimentos parlamentares poderá ou não acionar”.

Uma vez que o prazo limite das respostas do primeiro-ministro recairá no fim de junho, o líder parlamentar do PSD admitiu que essa avaliação irá ocorrer seja “nesta sessão legislativa, seja na próxima”, já depois do verão.

Já à pergunta sobre como votará o PSD as propostas da IL e do Chega de constituição de comissões de inquérito à atuação das ‘secretas’, que irão a debate e votação no dia 14 de junho, Miranda Sarmento apenas se comprometeu a não votar contra, depois de nas jornadas parlamentares sociais-democratas ter admitido um voto favorável (ainda assim insuficiente se o PS for contra).

“O PSD decidirá até dia 14 o seu sentido de voto, não inviabilizaremos essas propostas, o que significa que não será um voto contra. Também dependerá muito do que forem os esclarecimentos do primeiro-ministro, que pode ser que ocorram até ao dia desse debate, nada o impede de responder nos próximos dias”, frisou.

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