PJ apreendeu todos os bens da família Rendeiro, até a roupa levaram

1 fev 2022, 17:21

Em causa está o pequeno apartamento onde Maria de Jesus Rendeiro está em prisão domiciliária

A Polícia Judiciária esteve esta terça-feira na Quinta Patino, em Cascais, onde apreendeu todos os bens de valor da família Rendeiro. A operação, sabe a CNN Portugal, inseriu-se no âmbito do processo em que o ex-banqueiro está condenado a cinco anos e oito meses de prisão, e visa a venda de todo património apreendido de modo a que reverta a favor dos lesados do Banco Privado Português (BPP).

Em causa, sabe a CNN Portugal, estão todos os bens que estão no pequeno apartamento que está em nome do motorista do casal, Florêncio Almeida, mas onde vive a mulher. É deste mesmo apartamento que estão a ser levados roupa, faqueiros e pequenos objetos. Além disso, também algumas obras de arte como quadros ou esculturas foram levados.

O arresto está a ser cumprido por elementos da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária.

É naquele condomínio que está, em prisão domiciliária, Maria de Jesus Rendeiro, mulher do antigo banqueiro, que se encontra detido na África do Sul, onde aguarda a decisão do processo de extradição para Portugal, cuja decisão vai começar a ser decidida em junho, onde foi condenado em três processos diferentes, um deles já transitado em julgado, e pelo qual deverá cumprir pena de cinco anos e oito meses.

Maria de Jesus Rendeiro é suspeita do crime de descaminho de obras de arte arrestadas ao marido, e das quais era fiel depositária.

O pedido de arresto de todos os bens de valor do casal foi feito pelo BPP no ano passado, mas foi recusado pelo juíza Tânia Loureiro Gomes, responsável pelo processo em que João Rendeiro foi condenado a dez anos de prisão por branqueamento e evasão fiscal.

João Rendeiro está detido na África do Sul desde 11 de dezembro, depois de três meses fugido à Justiça portuguesa, pela qual foi condenada em três processos diferentes - um deles já transitado em julgado - relacionados com a queda do Banco Privado Português, do qual era presidente. Ao todo, o ex-banqueiro foi condenado a mais de 16 anos de prisão efetiva.

Acabou por fugir de Portugal em setembro, passando por vários países, antes de se estabelecer na África do Sul, onde acabou detido num hotel de luxo da cidade de Durban. É nessa mesma cidade que permanece detido há 42 dias, na prisão de Westville, uma das maiores e mais perigosas do país.

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