Rendeiro à CNN Portugal: "Durmo bem. Mas tenho saudades das cadelinhas"

23 nov 2021, 17:59

Fora do país desde o fim de setembro, diz que tem saudades das pequenas coisas, mas é da mulher, Maria de Jesus Rendeiro, que sente mais falta

Sem remorsos, João Rendeiro diz que não tem qualquer peso na consciência pelo que aconteceu no Banco Privado Português. “Durmo bem”, disse à entrevista que deu à CNN Portugal, acrescentando de seguida: “Embora o tema da Maria me preocupe”. Maria de Jesus Rendeiro está em prisão domiciliária suspeita de crime de descaminho e desobediência. Além da preocupação com a mulher, Rendeiro diz sentir “saudades das cadelinhas”.

"Eu durmo bem, embora, como disse, o tema da Maria, é um tema que me preocupa profundamente", referindo-se às suspeitas que recaem sobre a mulher.

Fora de Portugal desde o fim de setembro, afirma que não está arrependido da decisão que tomou, ainda que admita saudades dos "pequenos elementos que fazem a nossa vida, os objetos, os sabores, os adores, as cadelinhas", ainda que, "acima de tudo", tenha saudades da mulher: "Custa-me estar longe de Portugal, dos meus amigos e de tudo o que amo na vida".

Foi precisamente as cadelas que utilizou como uma das explicações para que a mulher não o tivesse acompanhado na saída do país: "Ela sempre rejeitou essa possibilidade. Não gosta de viajar, e, além disso, é uma pessoa que gosta do seu cantinho, da sua conchinha, sobretudo dos seus três grandes amores, com os quais eu não consigo competir, que são as três cadelinhas que nós temos: a Joana, a Clara e a Boneca".

O antigo banqueiro diz que não planeia regressar a Portugal, nem mesmo num cenário em que a mulher seja detida.

Emocionado, fala em Maria de Jesus Rendeiro como a "única pessoa no mundo verdadeiramente especial", acrescentando que o seu coração e o seu relógio estão na hora portuguesa, numa entrevista em que se recusou sempre a revelar qualquer pista que pudesse identificar o local onde está.

João Rendeiro foi condenado a penas de prisão efetiva em três processos diferentes, todos relacionados com o colapso do BPP. Apesar disso, fala na necessidade de uma "resistência à Justiça injusta", afirmando mesmo que vai dar entrada a um processo em tribunais internacionais no qual vai pedir uma indemnização de cerca de 30 milhões de euros.

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