Governo acredita em crescimento acima de 5,5% este ano

Agência Lusa , PP
31 jan 2022, 13:28
João Leão, ministro das Finanças

De acordo com os dados do INE, a economia portuguesa cresceu 4,9% em 2021, uma décima acima do esperado pelo Governo, em outubro

O ministro das Finanças, João Leão, está confiante que o crescimento da economia supere os 5,5% inicialmente estimados para este ano, com o Produto Interno Bruto (PIB) a ultrapassar o nível pré-pandemia já no primeiro semestre.

"Esta evolução do PIB reforça a confiança na continuação da rápida recuperação da economia portuguesa durante o ano de 2022, antecipando-se que se possa ultrapassar o nível pré-pandemia já no 1.º semestre e inclusivamente superar as estimativas do Governo para este ano, de 5,5%", afirma o Ministério das Finanças, num comunicado divulgado hoje em reação aos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com os dados do organismo de estatística, a economia portuguesa cresceu 4,9% em 2021, uma décima acima do esperado pelo Governo, em outubro.

O Ministério das Finanças sublinha que este é o "mais elevado crescimento dos últimos 31 anos (desde 1990)", explicando que "a evolução positiva do investimento e das exportações foi determinante para este crescimento".

Os dados do INE revelam ainda que no quarto trimestre de 2021, o crescimento do PIB foi de 5,8% em termo homólogos e 1,6% em cadeia, influenciado pelo contributo positivo da procura externa líquida em resultado da aceleração das exportações.

"Esta foi mesmo a segunda taxa mais alta de crescimento em cadeia da União Europeia, à data de hoje", assinala a tutela, considerando que "este é um resultado muito positivo para Portugal que mostra que a economia nacional está numa fase de forte recuperação e que retomou o processo de convergência com a União Europeia desde o segundo trimestre de 2021".

Crescimento de 4,9% em 2021 revela "trajetória de recuperação saudável"

O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse entretanto que o crescimento de 4,9% em 2021 revela uma “trajetória de recuperação saudável”, destacando que a taxa de desemprego esperada para dezembro é “das mais baixas de sempre”.

“A recuperação da economia ficou a dever-se a uma recuperação do consumo interno e também a uma aceleração das nossas exportações ao longo do ano. É uma trajetória de recuperação saudável, depois de uma queda muito brusca do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020”, afirmou Siza Vieira, num vídeo divulgado pelo Ministério da Economia e da Transição Digital, em reação aos dados hoje publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com os dados do organismo de estatística, a economia portuguesa cresceu 4,9% em 2021, uma décima acima do esperado pelo Governo na proposta do Orçamento do Estado para 2022, entregue em outubro, e o mais elevado desde 1990.

Pedro Siza Vieira destacou que o crescimento ultrapassa as projeções do Governo, do Banco de Portugal e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, bem como as previsões do Fundo Monetário Internacional ou da Comissão Europeia”.

O ministro de Estado sublinhou ainda que o crescimento do PIB de 5,8% em termos homólogos coloca Portugal “bastante acima da média da zona euro e da União Europeia”.

“Voltámos por isso a convergir com a União Europeia”, vincou.

De acordo com os dados divulgados hoje pelo Eurostat, no quatro trimestre de 2021, a economia da zona euro avançou 4,6% e a da União Europeia 4,8%, face ao mesmo período de 2020, uma aceleração quando comparados com os 3,9% e 4,1%, respetivamente, do terceiro trimestre.

Portugal registou o terceiro maior crescimento homólogo do PIB, de 5,8%, entre os países da zona euro no quarto trimestre e o segundo maior (1,6%) face ao terceiro trimestre.

Pedro Siza Vieira defendeu ainda que a taxa de desemprego estimada para dezembro de 5,9%, conhecida hoje, “é o sinal de uma economia que continua a criar emprego, a crescer” e a projetar para este ano “uma recuperação em força”, assinalando ser “das taxas mais baixas de sempre”.

“Boas notícias por parte da capacidade das nossas empresas conseguirem conquistar mercados externos e recuperar da quebra muito grande do ano passado”, acrescentou.

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