Galamba ressurge: "Estou com imensas condições"

10 mai 2023, 18:45

São as primeiras declarações desde que o ministro se demitiu mas Costa não deixou

Questionado esta quarta-feira sobre se considera ter condições para se manter no cargo, o ministro respondeu assim: "Então não vê que estou com imensas condições para continuar? Não tenho nada a acrescentar face ao que foi dito pelo primeiro-ministro. Irei à comissão de inquérito, onde darei as explicações que faltam dar."

Trata-se de declarações à chegada ao 32º Digital Business Congress, evento que ocorre esta tarde no Auditório da Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa. O ministro das Infraestruturas foi questionado pelos jornalistas sobre a recusa do seu pedido de demissão, na sequência da polémica que envolveu o ministério e a comissão parlamentar de inquérito à TAP. 

Estas declarações contrastam com a posição manifestada pelo ministro aquando do seu pedido de demissão, apresentado no passado dia 2, e no qual justificou a decisão "em prol da necessária tranquilidade institucional".

Apesar do pedido de demissão, Galamba insistiu na altura que "em momento algum" agiu "em desconformidade com a lei ou contra o interesse público".

António Costa não aceitou este "gesto nobre" de Galamba - como assim o classificou, em conferência de imprensa minutos depois do comunicado enviado pelo ministro às redações - por entender que o governante "não procurou de forma alguma ocultar qualquer informação" ao parlamento sobre a gestão da TAP.

A decisão de Costa não foi ao encontro da posição defendida por Marcelo Rebelo de Sousa, que não demorou a demarcar-se da "leitura política" do primeiro-ministro relativamente ao sucedido. Estava assim aberta uma crise política, na perspetiva de vários analistas e comentadores políticos, que davam como certo um de três cenários para o desfecho deste desentendimento: a dissolução do parlamento, a demissão do Governo ou ficar tudo na mesma.

Admitindo que teve uma "divergência de fundo" com o primeiro-ministro, Marcelo Rebelo de Sousa optou por este último, advertindo, contudo, que ficará "mais atento à responsabilidade política e administrativa dos que mandam."

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