Como terceiro partido com maior representação no parlamento, o Chega tem o direito de indicar um dos 12 deputados eleitos para o cargo de vice-presidente, que depois é aprovado ou rejeitado através de voto nominal
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, garantiu esta terça-feira que “não será com os votos” da bancada comunista na Assembleia da República que o Chega vai conseguir eleger um vice-presidente.
Questionado pelos jornalistas sobre se o PCP vai fazer alguma coisa para “travar” a eleição de um vice-presidente do Chega no arranque da próxima legislatura, Jerónimo de Sousa respondeu que “nem travar, nem destravar”.
“Quero afirmar com clareza que não será com os votos do PCP que o Chega terá esse lugar institucional”, sustentou.
O Chega elegeu, no domingo, 12 deputados. Como terceiro partido com maior representação no parlamento, o Chega tem o direito de indicar um dos 12 deputados eleitos para o cargo de vice-presidente, que depois é aprovado ou rejeitado através de voto nominal.
Prevê-se que os quatro maiores grupos parlamentares indiquem vice-presidentes para o Parlamento, que irão a votos e precisarão de aprovação da maioria absoluta de deputados. Esta é uma eleição tradicionalmente aprovada por todos os partidos, mas que desta vez pode enfrentar entraves pela Esquerda. Para ser eleito, cada candidato tem de obter no mínimo 116 votos favoráveis.