Japão e EUA iniciam exercícios militares conjuntos de armas

Agência Lusa , AM
10 nov 2022, 07:36
Japão

Exercício conjunto ocorre após a Coreia do Norte ter disparado pelo menos 34 mísseis desde 2 de novembro

O Japão e os Estados Unidos iniciaram esta quinta-feira um grande exercício militar conjunto no sudoeste do Japão, uma região parcialmente reivindicada pela China, e após a Coreia da Norte ter lançado dezenas de mísseis.

Os exercícios bienais “Keen Sword” começaram numa base aérea japonesa no sul do Japão e também serão realizados em vários outros locais, dentro e ao largo do Japão, até 19 de novembro.

Cerca de 26 mil soldados japoneses e 10 mil americanos, bem como 30 navios e 370 aeronaves de ambos os lados, devem participar nos exercícios, segundo o Ministério da Defesa japonês. Austrália, Grã-Bretanha e Canadá também se juntarão a partes dos exercícios, acrescentou.

Exercícios de campo conjuntos, que incluem aterragem anfíbia, estão planeados em ilhas remotas do sudoeste do Japão, incluindo Tokunoshima, Amami e Tsutarajima.

A China reivindica praticamente todo o mar do Sul da China, onde já construiu ilhas artificiais equipadas com instalações militares e aeródromos. Pequim também reivindica uma série de ilhas que são controladas pelo Japão no mar da China Oriental.

O exercício conjunto ocorre após a Coreia do Norte ter disparado pelo menos 34 mísseis desde 2 de novembro, o último dos quais na quarta-feira, em direção ao mar do Japão.

Em 03 de novembro, o regime de Pyongyang disparou três mísseis balísticos, um dos quais ativou alertas em várias regiões do Japão, apesar de aparentemente não ter sobrevoado o arquipélago devido a uma falha em pleno voo.

O primeiro-ministro japonês Fumio Kishida, citando o agravamento da segurança na região, prometeu aumentar substancialmente a capacidade militar do país e possivelmente permitir a capacidade de ataque preventivo para atacar locais de lançamento de mísseis inimigos.

Estes planos devem ser incluídos numa estratégia de segurança nacional revista e em diretrizes de defesa de médio a longo prazo, cuja divulgação é esperada ainda este ano.

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