Covid-19: Bolsonaro rejeita vacinar a filha de 11 anos

27 dez 2021, 23:38
Jair Bolsonaro, presidente do Brasil

Presidente brasileiro afirma que “não estão a morrer tantas crianças assim que justifique uma vacina de emergência”

O presidente do Brasil Jair Bolsonaro afirmou esta segunda-feira que a sua filha, de 11 anos de idade, não será vacinada contra a covid-19, apesar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do país (ANVISA) já ter aprovado a imunização das crianças entre os 5 e os 11 anos.

“Tenho falado com o Queiroga [ministro da Saúde] sobre isso [vacinação das crianças]. No dia 5 de janeiro, ele deverá publicar uma nota sobre como se processará a vacinação das crianças. Espero que não haja intervenção judicial. Espero. Porque a minha filha não será vacinada, deixo isso bem claro, ela tem 11 anos de idade”, disse Bolsonaro aos jornalistas no estado de Santa Catarina.

A posição vai de encontro à de muitos dos seus apoiantes mais radicais, que se opõem fervorosamente à medida. Contudo, Bolsonaro não é o único do executivo brasileiro a mostrar dúvidas quanto à toma da vacina por parte das crianças.

De acordo com a Reuters, o próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou na passada quinta-feira que o número de mortes entre os mais jovens não justifica uma autorização de emergência, e garantiu que as vacinas para as crianças precisariam de receita médica, algo desmentido pelos secretários de saúde estaduais.

Apesar disso, o ministério da Saúde brasileiro recomendou, dia 24, a administração das vacinas a crianças entre os 5 e 11 anos de idade, decisão que contraria as declarações de Bolsonaro.

“A questão da vacina para crianças é muito incipiente, o mundo ainda tem dúvidas, e não estão a morrer tantas crianças assim que justifique uma vacina de emergência. A decisão passa, obviamente, pelo ministério da Saúde”, completou o presidente brasileiro.

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