Supremo Tribunal do Brasil abre inquérito a Bolsonaro por ter relacionado vacina contra a covid-19 com a SIDA

4 dez 2021, 20:46
Jair Bolsonaro, presidente do Brasil

Afirmações foram proferidas num direto nas redes sociais no dia 21 de outubro

O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil abriu um inquérito às declarações do presidente Jair Bolsonaro, por ter associado as vacinas contra a covid-19 ao desenvolvimento de SIDA, num direto nas redes sociais.

A decisão foi do juíz Alexandre de Moraes, que abriu o inquérito a pedido do presidente da comissão parlamentar de inquérito que tem investigado a resposta do presidente brasileiro à pandemia de covid-19, bem como de outro pedido de um juíz do mesmo tribunal.

“Não há dúvidas de que as condutas noticiadas do presidente da república, no sentido de propagação de notícias fraudulentas acerca da vacinação contra a covid-19, utilizam o modus operadi do esquema de disseminação de massa nas redes sociais”, afirmou de Moraes, no documento que formaliza a abertura do inquérito.

No dia 21 de outubro, Jair Bolsonaro afirmou, durante um dos habituais diretos nas redes sociais, que quem tomou as duas doses da vacina está a desenvolver o vírus do VIH “muito mais rápido do que o previsto”.

“Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados – quem são os totalmente vacinados? Aqueles que depois da segunda dose, 15 dias após a segunda dose, totalmente vacinados, estão a desenvolver a SIDA muito mais rápido do que o previsto?”, disse Bolsonaro, citado pela CNN Brasil.

Em reação às declarações falsas, o Facebook, bem como o Youtube e o Instagram, retiraram o vídeo das suas plataformas.

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