Vacinação? "É melhor perder a vida do que perder a liberdade", diz Bolsonaro. E o ministro da saúde concordou

8 dez 2021, 17:51

O Brasil não aderiu ao certificado de vacinação, mas quer exigir quarentena de cinco dias para viajantes que não estejam vacinados

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, continua em rota de colisão com a ciência no combate à covid-19 e defendeu, esta terça-feira, que “é melhor perder a vida do que perder a liberdade”. 

A polémica frase foi dita depois de o governo brasileiro ter rejeitado os avisos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que apelou à adoção do certificado de vacinação para viajantes que entrem no Brasil.

Para o ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Queiroga, “não se pode discriminar as pessoas entre vacinadas e não vacinadas e, a partir daí, impor restrições. Até porque a Ciência já sabe que a vacina não impede totalmente a transmissão do vírus”.

“Nós queremos ser, sim, o paraíso do turismo mundial. E vamos controlar a Saúde, fazer com que a nossa economia volte a gerar emprego e renda. Essa questão da vacinação, como realcei, tem dado certo porque nós respeitamos as liberdades individuais. O presidente falou agora há pouco: 'às vezes, é melhor perder a vida do que perder a liberdade'”, disse Marcelo Queiroga, antes de anunciar a medida que entrará em vigor.

Quarentena para não vacinados

Apesar de ter defendido que “não se pode discriminar” quem não está inoculado, o Brasil decidiu impôr uma quarentena de cinco dias para os viajantes que cheguem ao Brasil sem terem tomado a vacina da covid-19.

Após os cinco dias de isolamento, os viajantes não vacinados serão sujeitos a um teste PCR e apenas podem seguir viagem em caso negativo.

Desde o início da pandemia, o Brasil já registou mais de 22 milhões de infeções por Sars-CoV-2 e já morreram mais de 616 mil pessoas.

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