Um mercado milionário: desmantelado esquema que falsificava obras de Banksy, Picasso ou Warhol

13 nov, 22:04
Polícia italiana (Getty)

Foram apreendidas mais de 2.100 obras falsas e estão a ser investigadas cerca de 38 pessoas

A polícia italiana desmantelou uma vasta rede criminosa que produzia e comercializava falsificações de obras de arte de artistas de renome como Banksy, Pablo Picasso e Andy Warhol.

A operação conjunta entre a polícia italiana e a procuradoria de Pisa envolveu uma investigação a 38 suspeitos não identificados numa rede de falsificação de obras de arte que atuava em diversos países europeus, incluindo Espanha, França e Bélgica.

A investigação foi desencadeada em 2023, a partir da descoberta de uma coleção de 200 obras de arte falsificadas, incluindo uma cópia de um desenho do pintor italiano Amadeo Modigliani, na casa de um empresário em Pisa.

Desde então foram apreendidas mais de 2.100 obras falsas que foram fabricadas em seis oficinas, incluindo duas na Toscana e uma em Veneza. Os falsificadores concentravam-se em reproduzir obras de Warhol e Banksy, que eram posteriormente oferecidas a casas de leilão italianas.

Numa tentativa de desviar as suspeitas, os indivíduos promoveram duas exposições de Banksy em locais conhecidos na localidade de Mestre, nas proximidades de Veneza, e em Cortona, na Toscana, conforme informaram as autoridades.

Questionado pelo The Guardian sobre o desmantelamento da rede, o órgão oficial que representa o artista Bansky preferiu não se pronunciar. No entanto, no seu site, a organização destaca a prevalência de falsificações no mercado de arte de Banksy e aconselha os compradores a procurarem obras que tenham certificados de autenticidade emitidos por especialistas reconhecidos no mercado.

Teresa Angela Camelio, a principal procuradora de Pisa, afirmou que, caso a polícia não tivesse descoberto o esquema, as peças falsificadas poderiam ter sido vendidas a preços “próximos aos das obras originais, uma eventualidade que teria impactado significativamente o mercado de leilões”.

Além de Bansky, nomes como Claude Monet, Vincent Van Gogh, Salvador Dalí, Henry Moore, Joan Miró, Francis Bacon, Paul Klee e Piet Mondrian também foram alvo da rede de falsificações, ainda que em menor escala.

Ao todo, estima-se que o valor de mercado das falsificações ronda os 200 milhões de euros.

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