Avançado em entrevista à ICON, do El País, explica como se adaptou à Juventus e diz que não fecha a porta a uma futura carreira de treinador
Cristiano Ronaldo falou abertamente sobre a sua nova vida em Turim, depois de ter trocado o Real Madrid pela Juventus no verão passado. O internacional português conta que está perfeitamente adaptado ao futebol italiano, melhorou inclusive em alguns aspetos e manteve-se fiel aos seus princípios éticos, deixando claro que não é nenhum «charlatão». O avançado vai mais longe e diz que não fecha a porta à possibilidade de vir a optar por uma carreira como treinador quando pendurar as botas.
«A primeira coisa que faço quando chego a um novo clube é ser eu próprio, nada mais. A minha ética de trabalho é sempre a mesma. Se um proprietário de uma empresa começar a ralhar com toda a gente, as pessoas não o verão como um líder. Dirão, este é o meu chefe, mas não me trata bem. Tens de ser humilde, ter noção que não sabes tudo», começa por destacar em entrevista à revista ICON, do El País.
Princípios que Cristiano Ronaldo aplicou na Juventus. «Se fores esperto, captas coisas que te fazem melhorar como atleta. Na Juventus adaptei-me perfeitamente. Já viram que não sou nenhum charlatão. É o Cristiano e é o Cristiano porque se cuida. Uma coisa é falar, outra é fazer. Porque é que ganhei cinco Bolas de Ouro e cinco Champions?», perguntou.
O avançado trocou o Manchester United pelo Real Madrid, no verão de 2009, por 96 milhões de euros. Depois de nove temporadas e 450 golos com os merengues, foi para a Juventus, no verão passado, por 100 milhões de euros. Muito dinheiro e muita pressão para apenas um jogador.
«É verdade que senti essa pressão desde muito jovem. Quando fui para o Real Madrid era o jogador mais caro da história. No Manchester United, depois de ganhar a minha primeira Bola de Ouro, aos 23 anos, as pessoas pensavam: olha, este vai ter de dar o máximo. Nos últimos dez, doze anos, tive sempre esta pressão adicional», comenta.
Na longa entrevista à ICON, Cristiano conta que nos balneários do Real Madrid e da Juventus fala-se de «coisas normais» e mantém em aberto a possibilidade de um dia, quando acabar a carreira, vir a ser treinador. «Não descarto», referiu quanto a essa possibilidade.
