Taxa fixa passa a 200 mil euros por ano, mas não se vai aplicar àqueles que já vivem no país
Más notícias para quem estava a pensar escolher Itália para trabalhar. A primeira-ministra, Giorgia Meloni, decidiu duplicar o imposto para estrangeiros que cheguem ao país para trabalhar como novos residentes e que aufiram um ordenado considerado elevado.
Estes rendimentos passam a ter de pagar 200 mil euros por ano, em vez dos 100 mil euros atuais, de acordo com o decreto-lei, que visa responder a várias queixas de italianos, sobretudo nas zonas mais caras, como Milão, onde se fazem grande parte dos negócios do país.
Em muitas cidades italianas, mas naquela em especial, a grande subida dos preços do imobiliário e do custo de vida tem encontrado justificação política na cada vez maior presença de super-ricos, nomeadamente estrangeiros.
O ministro Italiano das Finanças, Giancarlo Giorgetti, referiu-se ao novo imposto como uma “taxa fixa para bilionários”, garantindo que, apesar da subida, o país iria continuar atrativo para este tipo de investidores.
Mais tarde esclareceu ainda ao Financial Times que quem já vive em Itália não tem com que se preocupar. O imposto é para aplicar, sim, mas apenas a partir de agora e sem quaisquer retroativos.
Conhecida pela quase crónica crise da dívida pública, Itália viu o défice deste ano a apontar para uns 7,4%, um número três vezes acima do limite colocado pela União Europeia.
Apesar disso, Itália continua a ser um destino popular para os super-ricos, em grande parte por causa dos incentivos fiscais que surgiram a partir de 2016. Foi aí que a taxa fixa foi aplicada, permitindo que um estrangeiro que quisesse viver no país ou um contribuinte italiano que estivesse emigrado há pelo menos nove anos e quisesse regressar pagassem um valor único.
Uma ideia que atraiu, de acordo com os dados, 2.730 multimilionários a viverem em Itália. Com esta atualização esse interesse vai, com toda a certeza, abrandar.