Esta mulher tem 100 anos e acaba de renovar a carta de condução. O segredo? "Amar a vida"

9 jun 2022, 11:47
Candida Uderzo, a centenária italiana que renovou a carta de condução

A partir dos 80 anos, os condutores deverão apresentar um comprovativo médico que ateste as suas plenas faculdades físicas e mentais. A italiana Candida Uderzo passou todos os exames com distinção

Candida Uderzo recusa que a idade a defina. Levanta-se cedo pela manhã, mantém-se ativa, pratica exercício físico com os amigos e esforça-se por ser o mais autónoma possível. Agora, aos 100 anos, tornou-se a terceira centenária italiana a renovar a carta de condução. O segredo? "Amar a vida", revela ao Corriere del Veneto

A italiana conduz "desde sempre", mas a renovação do documento vê-se dificultada a partir dos 80 anos - a cada dois anos, os condutores deverão apresentar um comprovativo médico que ateste as suas plenas faculdades físicas e mentais. 

Os exames médicos revelaram-se uma prova fácil para Candida, dona de uma saúde robusta que, confessa, até a si surpreende. "Sou sortuda", admite. "Nunca tomo medicamentos, só um comprimido para dormir de vez em quando". Hospitais? "Só fui uma única vez, por causa de uma hérnia". Mas foi a sua excelente prestação num exame oftalmológico, na província de Vicenza onde reside, que determinou a renovação da carta. 

O documento é agora válido até 2024, quando tiver 102 anos. "A renovação deixa-me feliz, e também me vai deixar um pouco mais livre", garante, acrescentando não querer "perturbar" nem depender de ninguém.

A única filha, Gianni, realça que a independência da mãe chega a ser motivo de preocupação: "Temos de lhe pedir, só para prevenir, que fique por perto. Só ainda não pusemos um GPS no carro dela porque, geralmente, diz-nos onde vai". 

Candida ficou viúva na casa dos 50, e o desgosto obrigou a uma reavaliação da forma como vivia. "Decidi que estar viva significar desfrutar o máximo possível". Uma primeira etapa passou por longas caminhadas com o grupo de amigos, entre "conversas e risos", que a ajudaram a amenizar o processo de luto. 

Já depois de reformada, começou a adotar a atividade física como um estilo de vida. "Todos os domingos, às 6:00 da manhã, estou pronta para ir. Gosto muito de fazer exercício e não tenho intenções de parar."

Acrescenta, porém, que a paixão pela vida não surgiu aos 50, nem terminará depois dos 100. É, sim, inata: 

"Sempre adorei estar viva. Gostava de caminhar pelas montanhas, apanhar cogumelos, movimentar-me. Mas também gosto de falar com pessoas, trocar opiniões com os outros. Resumindo, nunca gostei de estar fechada em casa". 

A escola de condução concordou e, durante pelo menos mais dois anos, Candida continuará a ter a liberdade de viajar pelas estradas italianas. 

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