Portugal pode vir a reconhecer Estado da Palestina mediante cumprimento de condições

Agência Lusa , BCE
18 jun, 13:57
Governo no Parlamento (LUSA)

Luís Montenegro admite reconhecimento "num quadro de concertação estratégica à escala europeia"

O primeiro-ministro admitiu esta quarta-feira, no parlamento, que Portugal poderá reconhecer o Estado da Palestina mediante o cumprimento de condições como a capacitação da Autoridade Palestiniana e o desarmamento do Hamas, “com efeito útil” e à escala europeia.

Respondendo a uma pergunta do deputado do PS João Torres, durante o debate preparatório do Conselho Europeu dos próximos dias 26 e 27, no parlamento, Luís Montenegro recusou que Portugal faça “um reconhecimento individualizado” ou numa “corrida para ver quem chega à frente”.

O primeiro-ministro elencou uma série de condições que, disse, devem ser salvaguardadas.

“Estas condições, uma vez garantidas, salvaguardadas, vão abrir a possibilidade para que esse reconhecimento se possa efetuar, num quadro de concertação estratégica à escala europeia”, comentou Montenegro.

Embaixador de Israel em Lisboa avisa Portugal contra reconhecimento da Palestina

O embaixador de Israel em Portugal, Oren Rosenblat, avisou o Governo português contra um eventual reconhecimento do Estado da Palestina, argumentando que seria um “triunfo para o terrorismo”.

“Acreditamos que reconhecer um Estado palestiniano, especialmente neste momento, seria um triunfo para o terrorismo. O Hamas atacou Israel a 7 de outubro [de 2023], de forma brutal e sangrenta. Se no fim desse ataque os países começarem a reconhecer o Estado palestiniano, isso será visto como um prémio pelo terror”, disse o embaixador, numa entrevista à agência Lusa, reagindo a declarações de hoje no Parlamento do primeiro-ministro português, Luís Montenegro, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

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