1. disparos de menor intensidade; 2. ataque a casa de líderes (e até a instalação nuclear): as informações que Israel recebeu sobre o plano faseado do Irão para retaliar

CNN Portugal , BCE
6 ago, 12:58

“É um cenário que mostra que um ataque de grandes proporções não significa necessariamente uma quantidade de disparos superior aos de abril”

O ataque iminente do Irão a Israel, em retaliação pelo assassínio de Ismail Haniyeh - líder político do Hamas morto em solo iraniano num ataque atribuído a Telavive -, pressupõe um plano com várias fases: a primeira começa com o lançamento de “disparos menos intensos para pressionar o sistema de defesa de Israel”.

Foi isso mesmo que Danny Orbach, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém e um dos principais especialistas em História Militar de Israel, revelou ao governo de Benjamin Netanyahu, que conta com a sabedoria de Orbach para se preparar para ataques desta dimensão.

E foi precisamente isso que o especialista explicou ao correspondente da CNN Portugal em Israel, Henry Galsky, que o questionou sobre o que significa “um ataque de grandes proporções” por parte do Irão, para o qual as autoridades israelitas já se estão a preparar. Segundo Orbach, depois daquela primeira fase, a seguinte inclui ataques contra “casas de líderes, civis e militares”, bem como postos de armamento israelita, bases militares e infraestruturas civis. Esta segunda fase pode mesmo incluir ataques contra a instalação nuclear israelita localizada em Dimona, no sul de Israel, adverte o professor. Além disso, também é provável que aumente o número de “tentativas de invasão terrestre ao território israelita”, acrescenta o correspondente da CNN Portugal em Telavive, citando Danny Orbach.

De acordo com o especialista, que colabora frequentemente com o governo israelita, é neste cenário que as Forças da Defesa de Israel (IDF) estão a trabalhar. “É um cenário que mostra que um ataque de grandes proporções não significa necessariamente uma quantidade de disparos superior aos de abril”, sublinha Henry Galsky, lembrando que em abril verificou-se um dos ataques de maior dimensão lançado pelo Irão contra Israel, com recurso a mais de 300 projéteis, mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro.

O Irão, que apoia o Hezbollah, defendeu segunda-feira que tem o “direito legal” de castigar Israel pelo assassínio do líder do Hamas, o que, a confirmar-se, pode levar a uma escalada do conflito no Médio Oriente.

Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, França, Jordânia e Arábia Saudita apelaram aos seus cidadãos para que abandonem o Líbano o mais rapidamente possível, numa altura em que os voos no aeroporto Beirute estão a ser sucessivamente cancelados.

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