Ativistas portugueses já foram repatriados de Israel e "chegam hoje ao fim da noite", confirma MNE

5 out, 14:21
Mariana Mortágua (LUSA)

Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda, a atriz Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte foram detidos na quarta-feira à noite, quando seguiam na flotilha em direção à Faixa de Gaza. O Governo soube mais tarde que um outro ativista português, Diogo Chaves, seguia na mesma flotilha, intercetada por Israel. Os quatro aceitaram a deportação imediata depois de uma visita da embaixadora portuguesa em Israel à prisão no norte de Negev, onde estavam detidos

Os quatro ativistas portugueses que seguiam na flotilha em direção a Gaza já foram repatriados de Israel e chegam esta noite a Portugal, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, em comunicado.

"O Ministério dos Negócios Estrangeiros confirmou que os quatro cidadãos portugueses, incluindo a deputada Mariana Mortágua, participantes na flotilha, foram repatriados de Israel e que chegarão hoje ao fim da noite a Portugal", pode ler-se no comunicado.

O regresso dos ativistas portugueses foi avançado pelo correspondente da CNN Portugal em Israel Henry Galsky esta manhã e confirmado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A embaixadora de Portugal em Israel acompanhou o processo de repatriação no centro de detenção de Ketsiot e os ativistas "serão acompanhados por um diplomata durante todo o percurso", garante o ministério, que acrescenta que "a hora de chegada será confirmada durante a tarde".

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves estão entre os 450 detidos em Israel desde a noite de quarta-feira, quando as forças israelitas intercetaram a maior parte das embarcações da Flotilha Global Sumud, que pretendia entregar ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Os quatro portugueses aceitaram a deportação imediata de Israel depois de uma visita da embaixadora portuguesa em Israel à prisão no norte de Negev, onde estavam detidos, e denunciaram a falta de condições a que foram sujeitos, comunicando através do cônsul que estavam "numa cela com 12 [pessoas]" e "sem comida nem água há 48 horas".

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