Pode ser "justificado e moral" deixar dois milhões de habitantes de Gaza morrer à fome: declaração de ministro israelita

5 ago, 12:12
Bezalel Smotrich e Benjamin Netanyahu

Mas o ministro diz que a comunidade internacional não deixa Israel fazer isso

O ministro das Finanças de Israel afirma que bloquear a ajuda humanitária a Gaza pode ser "justificado e moral", mesmo que isso provoque a morte de dois milhões de civis à fome, diz citado pelo Guardian

Por outro lado, Bezalel Smotrich, um dos principais líderes do bloco nacionalista-religioso do governo de Benjamin Netanyahu, afirma que a pressão internacional implica que Israel não tenha "outra escolha" a não ser levar a ajuda ao território. 

Numa conferência de imprensa em Yad Binyamin, organizada pelo jornal Israel Hayom, afirma que o principal fator que prolonga a guerra é a ajuda que sustenta o Hamas.

"Não podemos, na atual realidade global, gerir uma guerra", diz Gallant.

"Ninguém nos vai deixar fazer com que dois milhões de civis morram de fome, mesmo que isso possa ser justificado e moral, até que os nossos reféns sejam devolvidos". 

"A troca de ajuda humanitária por ajuda humanitária é moralmente justificada, mas o que é que podemos fazer? Vivemos hoje numa determinada realidade, precisamos de legitimidade internacional para esta guerra."

Smotrich defende que Israel deve retomar o controlo total de tudo aquilo que entra na Faixa de Gaza e declara que se opõe à posição dos militares e do ministro da Defesa Yoav Gallant: "Não sei se o primeiro-ministro não quer ou não está a conseguir ter mão neles". 

Na ótica do ministro das Finanças israelita, a pilhagem de ajuda humanitária perpetrada pelo Hamas é o "principal fator" de prolongamento da guerra.

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