Covid-19: Açores reduzem isolamento profilático de crianças de dez para cinco dias

Agência Lusa , BMA
4 mar 2022, 18:56
Sala de aulas

Direção Regional da Saúde recomenda que durante 14 dias as pessoas vigiem “diariamente sintomas compatíveis com a covid-19”

Os Açores reduziram esta sexta-feira para cinco dias o isolamento profilático de crianças com menos de 10 anos, devido a infeção por SARS-CoV-2, e terminaram com o isolamento de contactos próximos, independentemente do estado vacinal.

Numa circular normativa que entrou esta sexta-feira em vigor, a Direção Regional da Saúde dos Açores refere que as pessoas com resultado positivo de um teste de despiste do coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, “independentemente da idade” e do “estado vacinal”, ficam em isolamento profilático durante cinco dias, “a contar a partir do início dos sintomas ou, no caso dos assintomáticos, da data do diagnóstico laboratorial”.

“No sexto dia, retomam a atividade habitual, sem realizar teste à covid-19. Se o indivíduo apresentar sintomas moderados ou graves, o período de isolamento será prolongado de acordo com a evolução clínica, não carecendo de teste para cessar isolamento”, lê-se no documento, disponível no portal do Governo Regional.

Uma circular de 14 de fevereiro previa que uma “criança positiva ou contacto próximo de alto risco”, que não usasse máscara “por incapacidade (ensino especial) ou por não obrigatoriedade (idade inferior a 10 anos)”, fazia “isolamento profilático de 10 dias, ao invés de cinco dias”.

A nova circular determina também o fim do isolamento profilático para os contactos próximos, mesmo que coabitantes de um caso positivo, "independentemente do estado vacinal".

Os contactos próximos, que sejam coabitantes de um caso positivo, profissionais de saúde ou prestadores de cuidados a idosos e doentes vulnerários, mas tenham dose de reforço da vacina contra a covid-19 ou tenham recuperado da infeção, “não fazem isolamento profilático”, nem “rastreio ao 5.º dia”, devendo apenas “cumprir as medidas gerais” de proteção.

Já os contactos próximos, nas mesmas circunstâncias, que não estejam vacinados ou tenham apenas a vacinação primária, “não fazem isolamento profilático”, mas “deverão realizar, preferencialmente, [um] teste rápido de antigénio de uso profissional (TRAg) para SARS-CoV-2 ao 5.º dia”, na rede de entidades convencionadas ou na unidade de saúde local (caso não existam entidades convencionadas na sua ilha de residência).

Em qualquer caso de contacto, a Direção Regional da Saúde recomenda que durante 14 dias as pessoas vigiem “diariamente sintomas compatíveis com a covid-19”, utilizem “máscara cirúrgica, em qualquer circunstância, em espaços interiores e exteriores,” e reduzam as “deslocações ao indispensável”.

De acordo com a anterior circular, os contactos próximos não vacinados contra a covid-19 ou sem dose de reforço tinham de ficar em isolamento profilático durante cinco dias.

Os Açores registaram esta sexta-feira 478 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 que provoca a doença covid-19 e 1.060 recuperações.

A região tem 3.416 infeções ativas, sendo 1.860 em São Miguel, 667 na Terceira, 285 no Pico, 271 no Faial, 125 em São Jorge, 114 na Graciosa, 62 nas Flores, 17 em Santa Maria e 15 no Corvo.

Estão internadas 24 pessoas com covid-19 nos três hospitais da região, incluindo uma em cuidados intensivos.

Até quarta-feira, 89,1% da população açoriana tinha vacinação primária completa contra a covid-19, 49,7% tinha recebido a dose de reforço e 38,8% das crianças entre os cinco e os 11 anos tinham sido inoculadas com a primeira dose da vacina.

Desde o início da pandemia, o arquipélago contabilizou 61.973 casos confirmados de infeção, 58.125 recuperações e 90 óbitos associados à covid-19.

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