Também paga para entregar o IRS? Mais de 45% dos portugueses pedem ajuda na hora de acertar contas com o fisco

27 nov 2022, 15:00
Autoridade Tributária e Aduaneira

Mais de metade dos portugueses teve pelo menos um problema ao entrar numa página de internet de uma entidade pública nos últimos 12 meses

Mais de 45% dos portugueses pedem a outra pessoa para entregar a sua declaração digital de IRS junto da Autoridade Tributária. Esta é uma das conclusões do inquérito deste ano relativo à utilização de tecnologias da informação e da comunicação nas famílias, divulgado a 21 de novembro. Mais de metade das 6.594 famílias inquiridas assume que encontrou pelo menos um problema em aceder a uma página na internet de uma entidade pública nos últimos 12 meses.

Apenas 29,1% dos inquiridos assumem que foram ao Portal das Finanças entregar a sua própria declaração, segundo o inquérito elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). 45,7% dizem que a declaração digital foi entregue por outra pessoa, não sendo especificado se houve pedido a um familiar, amigo ou mesmo a um contabilista.

Como o inquérito do INE abrangeu os comportamentos dos últimos 12 meses, ainda houve 1,8% dos inquiridos que disseram que entregaram a declaração do IRS em papel. A partir deste ano deixou de ser possível tratar deste processo em formato físico. Houve ainda 1,3% dos participantes que entregaram a declaração do IRS de forma automática, isto é, “sem qualquer intervenção do próprio ou de terceiros”.

Foi na Área Metropolitana de Lisboa que houve maior proporção de pessoas (37,9%) a entregar a declaração de IRS pela internet. A menor percentagem (23,1%) verificou-se na região Norte.

Mais de dois terços dos participantes (68,7%) usaram a internet ou aplicações móveis para aceder a informações de entidades públicas, sobretudo para consultar informação pessoal (53% das respostas). No entanto, mais de metade dos inquiridos (52,2%) teve pelo menos um problema. “Os problemas mais referidos foram problemas técnicos no funcionamento dos websites ou aplicações (36,6%) ou o facto destes websites serem de difícil utilização (33,8%)”, escreve o INE no relatório.

Crescimento marginal de acesso à internet

O INE também quis saber como anda o acesso das famílias à internet. Em 2022, 88,2% das famílias estavam ligadas, mais 0,9 pontos percentuais do que no ano anterior. Praticamente todos os acessos (84,6%) foram por banda larga.

O estudo revela que 93 em cada 100 famílias tinham acesso ao telefone em casa, sendo que 85,6% dos serviços fixos estavam integrados num pacote com outras opções de telecomunicações (fixos ou móveis). A subscrição de televisão é o principal serviço disponível para as famílias, com 87,9%. 80,4% das famílias tinha os serviços integrados em pacote.

Os dados do INE mostram ainda que 38,6% das famílias “têm apenas acesso à Televisão Digital Terrestre (TDT) na sua residência principal”. Em 29,2% das famílias inquiridas, o acesso à TDT era acumulado o serviço de televisão por subscrição.

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